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Aluna Bárbara Vasti |
Durante muitos anos se acreditou, equivocadamente que a questão do desenvolvimento sustentável estaria diretamente relacionada aos aspectos ecológicos do meio ambiente. De acordo com essa perspectiva, inúmeras instituições privadas e públicas e até mesmo organizações civis, começaram a promover atividades centradas no plantio de árvores, proteção de seres vivos ameaçados de extição, reciclagem de garrafas PETI, papéis, plásticos para atividades artísticas, preservação da flora e da fauna e outras.
São louváveis todos esses projetos. Todavia, importa considerar que eles não representam em si, o real sentido do que venha a ser desenvolvimento sustentável.
Em verdade, o desenvolvimento sustentável está alicerçado em três pontos principais: social, econômico e ambiental. O social se refere ao capital humano de um empreendimento, comunidade, enfim a sociedade como um todo. A dimensão econômica tem a ver com os processos de produção, distribuição e oferecimento de produtos e serviços no âmbito da coletividade. O eixo ambiental faz alusão a todas as condutas antrópica que possam direta ou indiretamente, causar algum impacto no meio ambiente natural ou socio cultural, seja a curto, médio ou longo prazos.
Uma mesa não se sustenta tão somente com duas pernas, pois ela contraria a lei do equilíbrio estático. Assim também, o desenvolvimento de uma nação. Se não houver um equilíbrio dinâmico entre a dimensão social, econômica e ambiental, o desenvolvimento se torna insustentável.
No que diz respeito a sustentabilidade do desenvolvimento, um aspecto da dimensão social que necessita uma maior atenção dos fazedores de políticas públicas é o que diz respeito as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
As doenças sexualmente transmissíveis (DST), também chamadas de doenças venéreas, são um importante problema de saúde pública em todos os países. Existem diversos tipos diferentes de DST, sendo algumas mais graves, outras mais brandas. Algumas doenças sexualmente transmissíveis podem levar à morte, outras podem causar sequelas irreversíveis.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis, notadamente na adolescência, são consideradas um sério problema de saúde pública, não só no mundo mas também no Brasil.
No Brasil temos índices elevadíssimos de adolescentes portadores de gonorréia, herpes genital, tricomoníase, AIDS e HPV. Uma das causas para esse índice alarmante de DST, se deve a iniciação sexual precoce e a promiscuidade sexual. Muitos jovens tem iniciado sua vida sexual muito cedo e com uma número elevado de parceiros. Esse comportamento promíscuo, tem contribuído para aumentar significativamente a ocorrência das dooenças venéreas.
Segundo dados de pesquisas divulgados pelo Ministério da Saúde, apenas um terço dos adolescente usam preservativo sempre. Os mais baixos índice de uso de preservativo encontram-se na faixa etária situada entre 15 e 19 anos.
Não há ainda no Brasil informações sobre a prevalência de DST entre adolescentes. As únicas DST de notificação compulsória são a sífilis e a AIDS e, além disso, cerca de 70% das pessoas com alguma DST buscam tratamento em farmácias, o que faz com que o número de casos notificados fique abaixo da estimativa.
Diante desse grave problema, é necessário encontrarmos uma maneira viável de orientarmos sexualmente nossos jovens, particularmente no que diz respeito a sua saúde reprodutiva e ao uso responsável de sua sexualidade. Nesse particular, a informação aliada a formação são indubitavelmente a melhor arma contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
BIBLIOGRAFIA
TAQUETTE, S.R, VILHENA, M.M, DE PAULA, M.C. DST e gênero. Caderno de Saúde Pública, jan-fev, p. 282 - 290, Rio de Janeiro, 2004.
http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/dst-na-adolescencia-a-maior-arma-e-a-informacao/ - Acesso em 13/09/2015
http://www.sogia.com.br/dst-na-adolescencia/ - Acesso em 13/09/2015
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_doencas_sexualmente_transmissiveis.pdf - Acesso em 14/09/15
http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/dst-na-adolescencia-a-maior-arma-e-a-informacao/ - Acesso em 13/09/2015
http://www.sogia.com.br/dst-na-adolescencia/ - Acesso em 13/09/2015
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_doencas_sexualmente_transmissiveis.pdf - Acesso em 14/09/15
*Este artigo foi escrito por Bárbara Vasti, estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo a estudante foi orientada pelo Biólogo e professor Salomão.
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