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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Caça esportiva: que diversão é essa?

Gabriela Lima

A caça é uma das mais antigas atividades do ser humano para a sua sobrevivência. Entretanto, devido ao crescimento populacional e o desenvolvimento da civilização, a matança de animais tornou-se insuficiente para o abastecimento da espécie humana. Com a Revolução Neolítica e a Revolução Verde, a obtenção de alimentos não foi mais problema.
A caça como sustento ainda continua sendo empreendida, porém em pequenas comunidades isoladas, como algumas tribos indígenas, por exemplo. 
Atualmente, uma caça que vem chamando a atenção de toda comunidade internacional, principalmente dos ambientalistas, é a esportiva. Nesse tipo de diversão, vê-se certas pessoas, praticando ações maldosas e pervertidas com os animais, no intuito de provar sua soberania perante os seres "inferiores" da Criação.
À guisa de exemplo, podemos citar a pesca esportiva. Em nome de um suposto divertimento, pesca-se o peixe. Depois ele é devolvido para seu habitat natural. Entretanto, o que o pescador não imagina, é que o peixe vai morrer a curto, médio ou longo prazo. Por que? Muito simples. O peixe teve sua cavidade bucal perfurada, rasgada e lacerada pelo anzol. Sem contar que as vezes a linha arrebenta e o anzol, fica enterrado nos tecidos de sua boca ou em outras partes do corpo. Com o passar dos dias, esse ferimento infecciona, devido a contaminação de agentes microbianos. Em questão de dias ou semanas, o pobre animal morre. Mas antes de ter a sua vida cessada, ele padece dores não muito agradáveis, visto que o mesmo já possui um sistema neuro-sensorial relativamente desenvolvido. Que prazer é esse, que para ser feliz, é necessário fazer um outro ser sofrer? 
O ser humano precisa desenvolver em si a empatia não apenas para os seres de sua espécie, mas também para com os animais. Será que uma pessoa se sente bastante confortável numa cadeira de dentista, quando sua gengiva é perfurada por agulhas ou rasgada pelo bisturi? Evidentemente que não!
A caça esportiva legalizada, quase sempre carrega como justificativa o controle da superpopulação de animais. Esse argumento não se enquadra na lógica da sustentabilidade socioambiental, pois essa racionalidade predatória, tem muito haver com o homem globalizado, capitalista e tecnocrata. Para esse tipo de mentalidade, é mais lógico matar os animais. A caça esportiva tem gerado uma lucratividade de bilhões de dólares por ano.
Independentemente, da caça ser esportiva ou não, é preciso levar em conta que todos os seres vivos integrantes dos ecossistemas naturais, vivem dentro de um perfeito equilíbrio. Qualquer intromissão antrópica na Natureza, por mínima que seja, causa um impacto ambiental, isto é, perturba a funcionalidade ecológica da teia vida.
No meio ambiente natural, nenhum ser vivo está isolado. Todos, sem excessão só conseguem sobreviver, porque se encontram indissoluvelmente ligados entre si. Quando o ser humano por sua ganância, desinformação, egoísmo, orgulho e sadismo, assassina os animais em seus ambientes naturais, ele está matando a si mesmo. Matando a si mesmo?... Como assim? Todo o seu sistema econômico e social, depende totalmente do equilíbrio ecológico. 


BIBLIOGRAFIA

CALEGARE, M.G.A, JÚNIOR, N. S. Crise do racionalismo moderno e transição paradigmática: uma utopia ecológica? Gaia Scientia, v.8, N.1, 2014.
http://www.ibama.gov.br - Acesso em 08/09/2015

*Este artigo foi escrito por Gabriela Lima,  estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo a estudante foi orientada pelo Biólogo e professor Salomão. 


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