A erva-de-passarinho recebeu esse nome porque se espalha com a ajuda dos pássaros que se alimentam de frutas.
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É uma planta que pertence ao grupo das angiospermas e mais especificamente a família Loranthaceae. Esse grupo compreende cerca de 70 gêneros, onde se encontram distribuídas 950 espécies que ocorrem predominantemente nas regiões tropicais (ROTTA, 2001). Esta entre as maiores família que possuem hemiparasitas, atacando uma grande variedade de hospedeiros vegetais.
Essa planta utiliza a seiva
bruta presente no xilema do hospedeiro, com o objetivo de obter nutrientes
necessários ao seu desenvolvimento e sobrevivência. Esta seiva fornece-lhes água
e sais minerais, entretanto, não são completamente dependentes deste
hospedeiro, pois realizam igualmente fotossíntese, podendo mesmo em alguns casos viver sem ele.
A distribuição desta fitoparasita em seus
hospedeiros pode ser determinada por uma série de fatores: especificidade do
mesmo, distância entre hospedeiros, condições ambientais, luminosidade,
arquitetura da planta hospedeira, comportamento alimentar e seleção do habitat
pelo agente dispersor.
A erva-de-passarinho desenvolve-se sobre os galhos e
troncos de arbustos, arvoretas e árvores de ruas, praças, jardins e pomares,
parasitando-as. Ocorre naturalmente, também, nas florestas nativas, porém em
menor quantidade, possivelmente devido a presença de fontes alternativas de
alimentação.
Dispersão das sementes
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A planta vitimada por esse tipo de parasitismo
O tempo de vida da árvore, após a contaminação, depende de sua espécie, da qualidade do solo e de seu nível de estresse, que está ligada ao local onde esteja fixada e ao nível de poluição do ar no lugar onde vive.
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Entretanto, importa destacar que, a planta vitimada por esse tipo de fitoparasitismo pode ficar enfraquecida e suscetível a várias outras doenças. Em casos mais graves de contaminação a planta poderá morrer.
Manejo sustentável
Até
o presente momento, não existe nenhum herbicida recomendado para acabar com essa
planta parasita. A única maneira de se livrar dessas “ervas daninhas” sem
comprometer a saúde da árvore e o equilíbrio ecossistêmico, é mesmo arrancando-as dos galhos, por meio da poda
ou raspagem (BIONDI, Et al, 2006). Caso esse manejo não seja viabilizado sustentavelmente, a planta hospedeira
poderá morrer, causando assim impactos socioambientais negativos,
na flora que integra os bosques, jardins e parques dos ecossistemas urbanos.
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Nada é desprezível em a natureza
A
erva-de-passarinho, não dever ser vista unicamente como vilã. Ela também
desempenha nos ecossistemas naturais inúmeros serviços ambientais. Para o
homem, a erva-de- passarinho vem sendo utilizada no campo farmacêutico. De seus
princípios ativos, é possível extrair medicamentos para a cura de muitas
doenças humanas.
Referências Bibliograficas
APEZZATO-DA-GLÓRIA
B. & CARMELLO-GUERREIRO S. M. 2006. Anatomia
Vegetal. 2ª ed. Editora UFV, Viçosa, 2006.
RAVEN P.H.,
EVERT R.F. & EICHHORN S.E. 2007. Biologia
Vegetal. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2007.
RJ.LEAL, L;
BUJOKAS, W.M; BIONDI, D. Análise da infestação de erva-de-passarinho na arborização
de ruas de Curitiba, PR. Floresta, v. 36, n. 3, 2006.
ROTTA, E. 2001. Erva-de-passarinho
(Loranthaceae) na arborização urbana: Passeio Público de Curitiba, um estudo de
caso. Curitiba. 135f. Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do
Paraná, 2001.
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