CMB

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Direito Ambiental, um nicho promissor para quem quiser seguir carreira

G. Araujo

Muitos alunos do último ano do Ensino Médio, anseiam em cursar Direito, seja para prestar um concurso público ou seguir uma carreira. 
No entanto, para aqueles que pretendem se tornar um profissional atuante do Direito, é essencial que estejam atentos para as necessidades do mercado.  Não adianta querer explorar áreas que já se encontram saturadas de profissionais. É desemprego, quase na certa ou garantia de remuneração deficitária. O ideal é tentar buscar novos campos do Direito, que favoreçam perspectivas de empregos e bons salários.
Um campo ainda pouco exploradas do Direito, é o que se refere ao Direito Ambiental.
O Direito Ambiental, é um campo do Direito que integra a legislação, a doutrina e a jurisprudência aos elementos que integram o meio ambiente.
Para que um bacharel se torne um expertise do Direito Ambiental é necessário que o mesmo:
  • tenha noções de ecologia e economia;
  • conheça as normas constitucionais e infraconstitucionais ambientais;
  • tenha noções dos conceitos de direito ambiental, meio ambiente, dano e da responsabilidade ambiental em âmbito civil, penal e administrativo;
  • conheça a hierarquia das normas e a função dos princípios, direitos e deveres; 
  • conheça os princípios fundamentais e os ambienatis;
  • conheça os métodos da interpretação;
  • conheça jurisprudência específica;
  • aplique a lei voltada à proteção da vida (vida esta com qualidade), adotando o princípio da dignidade da pessoa humana e colocando o meio ambiente também como direito fundamental. 

Além das habilidades citadas acima, é imprescindível que os bacharéis tenham o domínio de inglês e de espanhol e estejam fazendo cursos de pós-graduação, com o objetivo de dar proseguimento em seu aprendizado.
Do que foi escrito, podemos concluir que o Direito Ambiental, é um nicho muito promissor para quem quiser seguir carreira. Entretanto, só conseguirá emprego nessa área quem levar a sério sua formação acadêmica e pós-acadêmica.


BIBLIOGRAFIA

Revista Direito Ambiental e Sociedade. Programa de Pós-Graduação em Direito - UCS. Vol. 4,    Nº 1, jan./junh. 2014.
http://www.cartaforense.com.br - Acesso em 29/08/2015
http://seguraadvocacia.com.br - Acesso em 28/08/2015


*Este artigo foi escrito por G.  Araujo,  estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo o estudante foi orientado pelo Biólogo e professor Salomão. 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Execução da 2ª Fase do Projeto - Diagnose do estado morfofisiológico das plantas

Começamos no dia 25 de agosto de 2015,  a segunda fase do PROJETO MANEJO SUSTENTÁVEL DA ERVA-DE-PASSARINHO NO ÂMBITO DO PATRIMÔNIO ARBÓREO DO COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA

Após a caracterização e quantificação das árvores que integram a flora do Colégio Militar de Brasília, iniciamos a 2ª fase do projeto, que foi diagnosticar o estado morfológico e fisiológico das 877 árvores quantificadas. 
A metodologia obedeceu o mesmo procedimento da fase anterior. 
Após 120 minutos de observações e pesquisas, todos os quatro grupos trouxeram os seguintes resultados: 4,5% a 5% das copas e troncos das árvores encontram-se infestadas de erva-de-passarinho da espécie Tripodanthus acutifolius. 
Todas as plantas contaminadas por esse tipo de fitoparasita, umas mais outras menos, já apresentavam em sua morfologia, indícios de desvitalização orgânica. Como consequência desse processo parasitário, muitas plantas já exibiam em seu organismo, vestígios de galhos mortos e desfolhados. Sinal evidente de que a planta está morrendo lenta e progressivamente.
erva-de-passarinho parasitando um galho da árvore pau-ferro
Comumente, a erva-de-passarinho, se adere aos galhos e troncos do vegetal hospedeiro, ocupando partes localizadas, principalmente a copa. Através da emissão de raízes especiais denominadas haustórios (sistema radical transformado em órgãos de aderência e absorção), que atravessam a casca do hospedeiro, a parasita retira dele água e sais minerais essenciais a sua sobrevivência. Caso essa fitoparasita, não seja desarraigada dos troncos e galhos das árvores, estas últimas poderão adoecer. 
A morte da planta hospedeira dentro de uma escala mesoecossistêmica, como por exemplo, a população arbórea que integra a paisagem verde do CMB, poderá acarretar sensíveis impactos socioambientais, visto que alguns serviços ecossistêmicos estarão comprometidos por conta desse importante elemento biótico. 
Não existe nenhum herbicida recomendado para acabar com a erva-de-passarinho. A maneira mais eficente de erradicar essa planta parasitária sem comprometer a saúde da árvore hospedeira, é mesmo arrancando-a dos galhos por meio da poda mecânica das partes infestadas. 
A melhor época para retirar os galhos é antes da produção de sementes da erva-de-passarinho.

(Artigo escrito pelo professor Salomão)

BIBLIOGRAFIA

http://revistagloborural.globo.com - Acesso em 24/08/2015
http://www.emater.mg.gov.br - Acesso em 21/08/2015

Execução da 1ª Fase do Projeto - Caracterização e quantificação das árvores

Começamos no dia 25 de agosto de 2015,  a primeira fase do PROJETO MANEJO SUSTENTÁVEL DA ERVA-DE-PASSARINHO NO ÂMBITO DO PATRIMÔNIO ARBÓREO DO COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA

Após darmos boas vindas aos alunos participante do Clube, passamos imediatamente para a execução dessa primeira fase. 
Separamos os discentes em quatro grupos de seis integrantes, nomeando um para ser o coordenador da equipe. Cada equipe recebeu instruções no sentido de realizar a caracterização e a quantificação das árvores. Para facilitar o trabalho e otimizar as ações, achamos melhor distribuir os grupos por meio de um zoneamento setorial. 
Grupo beta caracterizando e quantificando
as plantas do setor oeste do CMB
Os grupos Alfa, Beta, Gama e Lâmbida, ficaram respectivamente, encarregados do setor leste, oeste, norte e sul. Após 1 hora e 30 minutos de observação e pesquisa, foi possível constatar que o patrimônio arbóreo do CMB, possui aproximadamente 877 árvores
Dentro desse universo, se destacam plantas como: Jamelão, Mangueira, Pinus, Araucária, Amoreira, Caju, Bambu, Ipê, Bananeira, Palmeira e outras.   
Por esses dados, é possível constatar que a flora do Colégio Militar de Brasília é biodiversa e ecologicamente significativa.
As plantas de um modo geral, prestam relevantes serviços ecológicos ao meio natural e humano. Dentre esses serviços ecossistêmicos podemos elencar os seguintes:

  • produção de oxigênio e substâncias orgânicas para todos os seres vivos que integram a cadeia trófica;
  • regulação do efeito estufa por meio do sequestro de carbono;
  • prevenções de erosões edáficas (solo);
  • capilarização da água da chuva até o lençol freático;
  • termoregulação do micro, meso e macro clima;
  • purificação do ar atmosférico;
  • fertilização do solo;
  • manutenção e preservação de nascentes; proteção dos rios (matas ciliares), impedindo o assoreamento;
  • beleza cênica;
  • medicamentos fitoterápicos;
  • determinam a existência de diversos tipos de habitat de terra firme, aos quais estão adaptadas as espécies animais. 
(Artigo escrito pelo professor Salomão)

                                                                                                                     

O Exército Brasileiro e o meio ambiente

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Gestão ambiental desenvolvida pelo Exército Brasileiro

Bruno Paz

O Exército Brasileiro sempre esteve presente na história do Brasil.
Entretanto, para que possamos compreender o papel dessa do Exército na formação da pátria brasileira, é necessário antes de tudo, uma viagem no passado, quando o Brasil, ainda era uma colônia da Metrópole Portuguesa.
No dia 19 de abril de 1648, aconteceu a Batalha dos Guararapes. Foi uma batalha que envolveu holandeses e lusos brasileiros. A 1ª Batalha dos Guararapes, não foi apenas um memorável feito militar, mas também um duelo em que foi possível assentar as raízes da Nacionalidade e do Exército Brasileiro. Pela primeira vez na história da nossa nação, índigenas brasileiros, africanos escravos e brancos portugueses e brasileiros se reuniram para reconquistar o território a anos ocupados pelos holandeses no nordeste do Brasil.
Em 7 de setembro de 1822, ocorreu a independência do Brasil. Novamente o Exercíto intervém, pois a separação do Brasil de sua Metrópole não se deu de modo pacífico.
No século XIX, o Exército participou da Guerra do Paraguai. Foi nesse conflito, que a instituição se consolidou e reorganizou sob o comando de Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Não é sem razão de ser, que o Duque de Caxias, é considerado o patrono do Exército Brasileiro. Na Segunda Guerra Mundial, o Exército por meio da FEB (Força Expedicionária Brasileira), teve uma participação importante na tomada da Itália Facista pelos Aliados.
Atualmente, a principal missão do Exército se circunscreve principalmente a defesa do território e da soberania brasileira, a garantia da manutenção da Lei e da Ordem e auxílio da população em caso de calamidades.
Não podemos deixar de mencionar também, que além das missões citadas acima, uma outra merece destaque, pela sua eficiência, eficácia e efetividade, é a que se refere a Gestão Ambiental. Mas o que é gestão ambiental? Um sistema de administração que dá enfâse na sustentabilidade econômica, social, política, institucional e ecológica. Em linguagem mais simples, a gestão ambiental, nada mais é, do que o uso de práticas e métodos administrativos que visam :

  • usar os recursos naturais de forma racional;
  • aplicar métodos que promovam a manutenção da biodiversidade;
  • adotar sistemas de reciclagem, de resíduos sólidos;
  • utilizar sustentavelmente os recursos ecossistêmicos;
  • tratar e reutilizar a água e outros recursos naturais dentro dos processos produtivos;
  • criar produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental;
  • usar sistemas que garantam a não poluição ambiental;
  • promover a educação ambiental;
  • Criar programas de pós-consumo para retirar do meio ambiente os produtos, ou parte deles, que possam contaminar o solo, rios, atmosfera;
  • e outros. 
A gestão ambiental desenvolvida pelo Exército Brasileiro, pricipalmente no que diz respeito, ao planejamento de operações militares - manobras e exercícios de adestramento das tropas - , sempre foi executado de conformidade com a legislação ambiental federal. Esse cuidado de utilizar sustentavelmente os campos de instrução, tem contribuído para a preservação de muitos ecossistemas naturais que estavam ameaçados de extinção. Hoje, um número significativo desses campos de exercício e instrução formam verdadeiras ilhas de coberturas vegetais preservadas em áeras de grande processo de antropização.  
Cooperando com os órgãos que cuidam da preservação ambiental, o Exército tem feito acordos e convênios com o IBAMA, com polícias especializadas e diversos outros órgãos, para o fornecimento de apoio logístico nas atividades de fiscalização ambiental.
É comum as organizações militares, em conjunto com as comunidades que as acolhem, fazerem trabalhos de limpeza, recuperação de áreas verdes, plantios de árvores e educação ambiental.
O Exército Brasileiro, não está omisso as questões ambientaisl. Pelo contrário, a Força Terrestre, tem envidado inúmeros esforços no sentido de promover  uma gestão ambiental que esteja comprometida com a educação ambiental e sustentabilidade socioambiental.


BIBLIOGRAFIA

NEVES, E.B; PICONCELLI, M.C.A; OLIVEIRA, S.H.K; ROZEMBERG, B. Práticas de Educação Ambiental: Um breve diagnóstico em organizações do Exército Brasileiro. Ciência & Educação., v. 18, n. 1, 2002.
http://www.eb.mil.br/web/revista-verde-oliva/historico - Acesso em 23/08/15
http://www.eb.mil.br/meio-ambiente - Acesso em 22/08/15

*Este artigo foi escrito por Bruno Paz,  estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo o estudante foi orientado pelo Biólogo e professor Salomão. 


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Documentário - Legislação Sobre Meio Ambiente- Parte 2 (13/06/11)

Documentário - Legislação Sobre Meio Ambiente- Parte 1 (13/06/11)

A Constituição Federal e o meio ambiente

Kauan

O Brasil possui uma imensa diversidade biológica.
No entanto, a fauna e a flora tem sido vítimas da ganância desenfreada de homens inescrupulosos, da omissão do Estado e da indiferença da maior parte da sociedade. 
Com o intuito de ajudar a preservar e conservar nosso patrimônio ambiental, seja ele natural ou cultural, inúmeras leis foram criadas. Dentre elas podemos citar a Constituição Federal de 1988, a qual determina em seu Artigo 225, o seguinte ordenamento:

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações." 

A clareza e a conscisão do texto constitucional não deixa nenhuma margem para dúvida: todo cidadão, isto é, todo indivíduo que goza de seus direitos civis e políticos, têm o direito a um meio ambiente natural saudável, pois este constitui um bem coletivo, cabendo portanto ao Poder Público, seja ele Federal, Distrital, Estadual e Municipal o dever de defendê-lo e preservá-lo não apenas para a geração atual, mas igualmente para as futuras. 
O cuidado do meio ambiente, não é obrigação unicamente do Estado, mas também de toda sociedade. Por exemplo: falta saneamento básico em uma Cidade Satélite;  desmatamento do bioma Cerrado para fins de produção de carvão que irão alimentar os fornos das siderúrgicas; contaminação dos lençõis freáticos pelo lixão da Cidade Estrutural (o maior da América Latina);  construção de imóveis as margens do Lago Paranoá; uso abusivo de agrotóxicos na agricultura que abastece o DF, constituem situações que colocam em risco o funcionamento e o equilíbrio dos ecossistemas naturais, a saúde e a vida de milhares de pessoas. Nesse caso, cabe ao povo, o dever de entrar com uma ação civil pública com o propósito de acionar o Poder Público no cumprimento das leis ambientais. 
O Brasil têm uma das melhores legislações ambientais do mundo. No entanto, a título de deixar em aberto essa reflexão, fica a seguinte pergunta: Por qual motivo as questões socioambientais são quase que ignoradas pelos gestores públicos e até mesmo pela população?



BIBLIOGRAFIA

GOMES A. Legislação e direito: um olhar sobre o artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil. Revista Científica Eletrônica de Administração. Ano VIII, nº 14, junho de 2008.  
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm - Acesso em 24/08/2015


*Este artigo foi escrito por Kauan,  estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo a estudante foi orientado pelo Biólogo e professor Salomão. 

Sequestro de Carbono 2014

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Efeito estufa e sequestro de carbono


Natália Pim
O efeito estufa é algo natural e necessário para a vida na Terra. 
É ele que regula a temperatura global de toda a biosfera. No entanto, quando há aumento na concentração dos gases estufa, principalmente de dióxido de carbono, esse efeito se intensifica e superaquece o planeta. Para tentar balancear a quantidade de CO2 na atmosfera, existe um mecanismo também natural chamado de sequestro de carbono.
O sequestro de carbono é a absorção do carbono, sendo os principais “sequestradores” os oceanos e as florestas.
Nas florestas, o jeito mais comum de se “roubar” carbono é graças à fotossíntese das plantas, que exige dióxido de carbono para se realizar.
Já os oceanos absorvem CO2 de várias maneiras:

  • através da fotossíntese das algas que abriga;
  • absorção por animais, para que combinem com o cálcio e formem suas conchas;
  • etc.
Dentro desse contexto, fica claro, que cuidar das florestas e  oceanos constitui uma forma de auxiliar a natureza no processo de sequestro de carbono e da regulação do efeito estufa. Entretanto, não basta tão somente preservar e conservar os ecossistemas florestais e oceânicos. Necessário se faz também, que o ser humano adote em seu cotidiano vivencial, algumas atitudes sustentáveis e sustentadas. Dentre elas, poder-se-ia citar: economizar energia elétrica; priorizar os meios de transporte coletivo e bicicleta; dar preferência a carros a álcool; ingerir menos carne suína e bovina; reciclar, reduzir e reutilizar o lixo, e outras.


BIBLIOGRAFIA

SILVA R. N.C ; PAULA B.L. Causa do aquecimento global: antropogênica versus natural. Terrae Didatica, 2009.  
BARRETO, L.V; FREITAS, A.C.S; PAIVA, L.C. Sequestro de carbono. Centro Científico Conhecer, Goiânia, Enciclopedia Biosfera, nº 7, 2009.



*Este artigo foi escrito por Natália Pim,  estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Brasília. Para a construção deste artigo a estudante foi orientada pelo Biólogo e professor Salomão. 


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Erva de passarinho, uma planta hemiparasita

Prof. Salomão

            A erva-de-passarinho recebeu esse nome porque se espalha com a ajuda dos pássaros que se alimentam de frutas.
www.agronomicabr.com.br
        É uma planta que pertence ao grupo das angiospermas e mais especificamente a família Loranthaceae. Esse grupo compreende cerca de 70 gêneros, onde se encontram distribuídas 950 espécies que ocorrem predominantemente nas regiões tropicais (ROTTA, 2001). Esta entre as maiores família que possuem hemiparasitas, atacando uma grande variedade de hospedeiros vegetais. 
           Essa planta utiliza a seiva bruta presente no xilema do hospedeiro, com o objetivo de obter nutrientes necessários ao seu desenvolvimento e sobrevivência. Esta seiva fornece-lhes água e sais minerais, entretanto, não são completamente dependentes deste hospedeiro, pois realizam igualmente fotossíntese, podendo mesmo em alguns casos viver sem ele.  
            A distribuição desta fitoparasita em seus hospedeiros pode ser determinada por uma série de fatores: especificidade do mesmo, distância entre hospedeiros, condições ambientais, luminosidade, arquitetura da planta hospedeira, comportamento alimentar e seleção do habitat pelo agente dispersor.
            A erva-de-passarinho desenvolve-se sobre os galhos e troncos de arbustos, arvoretas e árvores de ruas, praças, jardins e pomares, parasitando-as. Ocorre naturalmente, também, nas florestas nativas, porém em menor quantidade, possivelmente devido a presença de fontes alternativas de alimentação.

Dispersão das sementes

       
https://sustentabiliarte.wordpress.com
A dispersão das sementes da erva-de-passarinho se dá a partir da planta-mãe por meio de aves frugíveras, pássaros que se alimentam de frutos. Uma vez ingeridos os frutos, esses secretam no tubo digestório dos pássaros uma substância purgante que causa o estímulo da defecação. Movidos por esse estímulo, sentem vontade de evacuar. Ao pousarem sobre o tronco ou galho de uma árvore lançam suas fezes, juntamente com as sementes.  Uma vez no caule da planta hospedeira, a semente germina, emitindo raízes do tipo haustório. Esse sistema radicular invade o xilema do vegetal parasitado, sugando a seiva inorgânica (água e sais minerais) e, em alguns casos, açúcares e aminoácidos.
                       
A planta vitimada por esse tipo de parasitismo

          O tempo de vida da árvore, após a contaminação, depende de sua espécie, da qualidade do solo e de seu nível de estresse, que está ligada ao local onde esteja fixada e ao nível de poluição do ar no lugar onde vive.
http://ecoeantigos.blogspot.com.br
          Entretanto, importa destacar que, a planta vitimada por esse tipo de fitoparasitismo pode ficar enfraquecida e suscetível a várias outras doenças. Em casos mais graves de contaminação a planta poderá morrer. 
            
Manejo sustentável

        Até o presente momento, não existe nenhum herbicida recomendado para acabar com essa planta parasita. A única maneira de se livrar dessas “ervas daninhas” sem comprometer a saúde da árvore e o equilíbrio ecossistêmico, é mesmo arrancando-as dos galhos, por meio da poda ou raspagem (BIONDI, Et al, 2006). Caso esse manejo não seja viabilizado sustentavelmente, a planta hospedeira poderá morrer, causando assim impactos socioambientais negativos, na flora que integra os bosques, jardins e parques dos ecossistemas urbanos.
         
Acritica.uol.com.br
Embora se espalhem com certa facilidade, não crescem com muita rapidez. No entanto, é de fundamental importância arrancar os focos de contaminação tão logo se mostrem visíveis nos galhos ou copas das árvores.


Nada é desprezível em a natureza

            A erva-de-passarinho, não dever ser vista unicamente como vilã. Ela também desempenha nos ecossistemas naturais inúmeros serviços ambientais. Para o homem, a erva-de- passarinho vem sendo utilizada no campo farmacêutico. De seus princípios ativos, é possível extrair medicamentos para a cura de muitas doenças humanas.




Referências Bibliograficas

APEZZATO-DA-GLÓRIA B. & CARMELLO-GUERREIRO S. M. 2006. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Editora UFV, Viçosa, 2006.
RAVEN P.H., EVERT R.F. & EICHHORN S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed. Guanabara Koogan, 2007.
RJ.LEAL, L; BUJOKAS, W.M; BIONDI, D. Análise da infestação de erva-de-passarinho na arborização de ruas de Curitiba, PR. Floresta, v. 36, n. 3, 2006.
ROTTA, E. 2001. Erva-de-passarinho (Loranthaceae) na arborização urbana: Passeio Público de Curitiba, um estudo de caso. Curitiba. 135f. Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, 2001.



quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O primeiro encontro do Clube


O primeiro encontro do Clube de Ciências Socioambientais "Marechal Cândido Rondon", foi assinalado por quatro momentos principais:

1º - Palavras do Cel Comandante

Cel Denisson - Comandante do CMB
Considerações do Cel Comandante acerca da importância de tematizar transversalmente na grade curricular do Colégio Militar de Brasília, questões concernentes ao meio ambiente, sustentabilidade e consciência socioambiental. Igualmente, merece destaque na fala do Cel Denison, seu entusiasmo e os votos de sincero apoio a exequibilidade de todos os projetos formulados pelo Clube.
Não podemos deixar de mencionar também, a valorosa contribuição presencial e motivacional do Cel Darko, Chefe da Divisão de Ensino, do Cel Nunes e Cel Bandeira, Supervisão Escolar.
Cel Bandeira, Prof. Salomão, Cel Darko, Cel Nunes e Ten Elton


2º - Biografia do Marechal "Cândido Rondon"

Ten Elton
Apresentação da Biografia do Marechal Cândido Rondon, aos alunos associados, pelo Ten Elton. Por meio de uma dialogia bastante interativa, o professor Elton, lembrou significativos lances biográficos do Marechal Rondon. Dentre eles, poder-se-ia, citar: seu inegável amor a Pátria e ao Exército, o espírito de respeito aos povos indígenas e as populações tradicionais, bem como seu venerando cuidado em preservar e conservar sustentavelmente os recursos naturais, ante as ações antrópicas que sua profissão exigia. Os alunos não tiveram dúvidas em identificar no Egrégio Militar, o paradigma do homem de bem compromissado com a edificação de uma sociedade ambientalmente sustentável e socialmente justa. 


3º - O Projeto e o Estatuto do Clube

O professor Salomão, explicou os fundamentos teórico-conceituais, legais e metodológicos estruturantes do Projeto do Clube de Ciências "Marechal Cândido Rondon", assim como sua importância para a formação de uma consciência socioambiental critico-reflexiva e científica. Dentro desse contexo, o professor, igualmente destacou que os encontros serão assinaldos por momentos de pesquisa teórica e ações concretas. Após a explicitação do arcabouço ideológico do Projeto, o professor Salomão fez questão de pontuar alguns artigos do Estatuto, tais como, 27º, 28º e 29º, os quais tratam respectivamente, dos direitos, deveres e regime disciplinar, nos quais os alunos associados estão enquadrados.
Prof. Salomão


4º - Planejamento do cronograma de atividades para 2º semestre/2015

Os alunos foram divididos em vários grupos (de três a quatro integrantes), para que através de um brainstorming, tempestade cerebral, pudessem trazer à luz de suas consciências temas que seriam interassante desenvolvermos cientificamente no âmbito do Clube ao longo do 2º semestre/2015. Foi um momento muito dinâmico e produtivo. De acordo com Roldan et al.; (2009), a ferramenta brainstorming, quando bem empregada, favorece a criatividade e a interatividade, tornando assim mais fecundo o trabalho em grupo e as proositivas de ideias. E foi isso o que aconteceu. Após vinte minutos, de efervescência intelectual, recolhemos as sugestões temáticas de cada grupo. Logo em seguida, empreendemos democraticamente a votação daquelas que os alunos gostariam que fossem trabalhadas durante o semestre corrente. Foram muitas, todavia, preferimos agendar apenas essas, porquanto a exiguidade de tempo não nos faculta ampliarmos demasiadamente esse leque. É melhor fazer pouco e com qualidade, do que ambicionar muito e não fazer nada.

Alunos planejando o cronograma de atividades

a) Manejo sustentável da erva-de-passarinho do patrimônio arbóreo do Colégio Militar de Brasília
b) Apoio assistencial a uma creche da Cidade Estrutural
c) Trilhas ecológicas
d) Campanha Recreio Limpo
e) Debates, palestras e vídeos
f) Visita ao lixão da Cidade Estrutural
g) Feira de Cências e Tecnologia


Todas essas atividades serão desenvolvidas ao longo do segundo semestre, por meio de projetos transversais.



Bibliografia

Roldan, L. Brainmstormig em prol da produtividade: um estudo de caso em três empresas de varginha, MG. Iniciação Científica, - FACECA - v.1, n 7, p. 53-6 , jan/dez, 2009.






sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Estatuto


O presente documento visa estabelecer diretrizes para o bom funcionamento do Clube de Ciências Socioambientais “Marechal Cândido Rondon”, caracterizando os participantes, atribuindo direitos e deveres, definindo as competências que serão desenvolvidas e organizando processos de admissão, as escolhas dos temas e sua divulgação.



CAPÍTULO I

Denominação, Sede, Objetivos e Duração


Art. 1º – O Clube de Ciências Socioambientais “Marechal Cândido Rondon” é um centro de interesses nas áreas socioambientais, sediado no Colégio Militar de Brasília, fundado em 2015 e de duração ilimitada.

Parágrafo Único – As atividades do Clube reger-se-ão pelo presente Estatuto.

Art. 2º – O Clube tem por finalidades:

  • Desenvolver a cultura geral, integrando várias áreas do conhecimento, em especial as Ciências Socioambientais;
  • Descobrir e desenvolver novos talentos na área científica, incentivando o espírito crítico.
  • Incentivar o desenvolvimento de projetos científicos, propiciando o aprofundamento em áreas específicas do conhecimento;
  • Divulgar as atividades e os resultados das mesmas, tanto no Colégio Militar de Brasília, como em eventos ocasionais (encontros, congressos, concursos entre outros);
  • Promover um espaço de debate de temas em Ciência;
  • Estabelecer parcerias com outras instituições para promoção e divulgação da Ciência;
  • Sensibilizar a Comunidade Escolar, notadamente os alunos do Ensino Médio, para a importância de conhecer o meio em que está inserida e constatar a influência da atividade humana no mesmo.

Art. 3º – O Clube funcionará no Espaço Biológico, espaço esse anexo a 2ª Cia de alunos.

Art. 4º – O horário de funcionamento será definido, anualmente pelos respectivos coordenadores.


CAPÍTULO II

Organização do Clube de Ciências Socioambientais


Art. 5º – As atividades do Clube de Ciências Socioambientais serão de caráter extra-curricular, tendo por isso, um valor formativo na aprendizagem dos alunos.

Art. 6º – Todos os trabalhos serão desenvolvidos no âmbito das disciplinas de Biologia/CFB, Geografia, Física e Química, não sendo obrigatório que digam respeito aos conteúdos programáticos.


Art. 7º – As atividades poderão ser divididas em módulos com diferentes periodicidades, de acordo com os temas definidos.

 Art. 8º – A escolha dos temas de estudo será feita pelos diferentes elementos do Clube, de acordo com as sugestões apresentadas. Essas propostas de atividades deverão ser votadas pelos intervenientes e aprovadas pelos coordenadores.

Art. 9º – Cada grupo de associados poderá ter atividades semanais, coordenadas pelos responsáveis, podendo oportunamente ser convidados outros professores.

 Art. 10º – Os temas abordados serão trabalhados seguindo, preferencialmente, a metodologia de resolução de problemas. As atividades poderão ser desenvolvidas nas salas de aula do espaço Biológico, laboratório e/ou campo, tendo em conta as especificidades.

Art. 11º – Os alunos poderão realizar pesquisas em bibliotecas, na internet e em campo (eventualmente, haverá saídas dos alunos para locais de interesse).

Art. 12º – Será criado um Blog. O mesmo será construído pelos alunos e administrado/supervisionado pelos coordenadores, onde constarão informações sobre as diversas atividades do clube.

Art. 13º – No final de cada módulo ou sessão, sempre que existirem conclusões pertinentes, estas serão compiladas e oportunadamente divulgadas (no Blog do Clube, entre outros meios). Eventualmente, poderão ser realizadas exposições sobre os temas abordados.

 Art. 14º – O Clube possuirá um dossiê de registro de atividades pelo que, em cada sessão, dever ser feito um registro das atividades desenvolvidas, onde constará o sumário e a planificação da atividade.

Art. 15º – O registro do dossiê será feito em regime de rotatividade, pelos coordenadores do Clube.



CAPÍTULO III

Membros


Art. 16º – Para ser Membro do Clube é necessário manifestar vontade própria para nele se inscrever e participar nas várias atividades propostas.

Art. 17º – O Clube de Ciências Socioambientais está aberto a qualquer aluno do Ensino Médio, professor, militar ou funcionário  do CMB.

Art. 18º – Os coordenadores do Clube de Ciências Socioambientais pertencerão ao corpo docente do Colégio Militar de Brasília.

 Art. 19º – Os colaboradores podem ser elementos do corpo docente do CMB ou de outras instituições de caráter cultural e/ou educativo.


Art. 20º – Os participantes/associados serão, exclusivamente, alunos do Ensino Médio da Escola.

Art. 21º – A admissão dos alunos será feita da seguinte forma:


  • Preenchimento obrigatório de uma ficha de inscrição;
  • Preenchimento obrigatório da autorização de frequência do Clube, pelos pais ou responsável.

Art. 22º – As normas e/ou medidas disciplinares que regem a conduta dos alunos serão as mesmas aplicadas pela Escola (Regime Disciplinar do Aluno).

Art. 23º – A participação dos alunos associados ao Clube, nas atividades previstas, poderá ser limitada tendo em conta as especificidades das mesmas. A seleção será feita tendo em conta a ordem de inscrição.

Art. 24º – Um aluno associado que queira ingressar numa atividade do Clube depois do início da mesma, ficará sujeito a uma lista de espera. Caso existam vagas, e o aluno se encaixe no perfil determinado pelos coordenadores, este será convidado a participar na atividade.

Art. 25º – Em cada atividade ou sessão do Clube circulará uma folha de presenças que cada membro inscrito deverá rubricar.

Art. 26º – Os alunos associados ao Clube que se tenham inscrito em atividades desenvolvidas pelo mesmo e que faltem três vezes seguidas ou quatro interpoladas serão inibidos da participação nas atividades do Clube nesse ano, para que possam dar lugar aos alunos que estejam na lista de espera.

Art. 27º – São direitos dos alunos associados:


  • Participar nas atividades realizadas pelo Clube de Ciências Socioambientais dentro e fora do recinto escolar;
  • Encaminhar observações, sugestões e solicitações à Coordenação do Clube;
  • Utilização dos materiais, espaços e meios postos à disposição do Clube.


Art. 28º – São deveres dos alunos interessados:
           

  •  Conhecer e cumprir as normas deste Estatuto;
  • Participar na planificação e execução das atividades do Clube;
  • Manter em bom estado os laboratórios e/ou qualquer espaço onde se desenvolvam atividades;
  • Respeitar colegas e professores;
  • Participar nas reuniões do Clube;
  •  Cumprir os prazos e metas estipulados pelo Clube;
  • Empenhar-se no fortalecimento do Clube.


CAPÍTULO IV

Regime Disciplinar


Art. 29º – Constituem infrações disciplinares:
           

  •  Usar o Clube para fins diferentes dos seus objetivos, visando o interesse pessoal;
  •  Não cumprir as disposições do Estatuto;
  • Praticar atos que venham a ridicularizar o Clube, os seus membros ou a sua imagem; bem como aqueles que forem contra amoral, a ordem e/ou os bons costumes;
  • Atentar contra a guarda e utilização de bens do Clube;
  • Não cumprir as funções dentro do Clube;
  • Desobedecer às normas de segurança dentro e fora do recinto escolar.

Art. 30º – O infrator será convidado a abandonar o Clube.

Parágrafo Único – Além dos motivos acima citados, serão automaticamente convidados a se retirar do quadro de sócios do Clube de Ciências Socioambientais aqueles que:


  • Faltarem 50% das reuniões de caráter obrigatório do Clube, sem qualquer aviso e/ou justificação;
  • Receberem advertência grave ou suspensão;
  • Se desligarem da Escola por cancelamento da matrícula.


CAPÍTULO V

Disposições Finais e Transitórias


Art. 31º – No início de cada ano letivo será previsto um Plano Anual de Atividades, que vigorará por um ano, mas que pode sofrer alterações por questões materiais, logísticas ou de disponibilidade dos seus intervenientes.

Art. 32º – Sempre que haja saídas de campo/visitas de estudo:


  • Será comunicado e/ou pedida autorização aos pais e responsáveis;
  • Nas saídas com número limitado de participantes, os alunos deverão inscrever-se previamente na sede do Clube;
  • Quando o número de inscrições ultrapassar o número de vagas serão critérios de seleção a assiduidade e a qualidade nas participações nas atividades regulares promovidas pelo Clube.

Art. 33º – Os casos omissos no presente Estatuto serão deliberados pelos Coordenadores do Clube.


Art. 34º – O presente Estatuto poderá sofrer alterações caso o Colégio Militar de Brasília assim o entenda ou caso seja necessário juntar/modificar alguma informação importante para o bom funcionamento do Clube.

O projeto Clube de Ciências Socioambientais "MARECHAL CÂNDIDO RONDON"

rondonmarechaldapaz.com

  UMA BREVE BIOGRAFIA 
DO MARECHAL CÂNDIDO RONDON

      1865: Nascimento de Cândido Mariano da Silva Rondon, em Mimoso, Mato Grosso, Brasil; 
  • 1873: Após a morte de sua mãe, Rondon vai morar em Cuiabá com seu tio Manoel Rodrigues da Silva; 
  • 1881: Ingressa na Escola Militar do Rio do Janeiro;
  • 1884: Matricula-se na Escola Militar da Praia Vermelha;
  • 1885: Matricula-se em seu primeiro curso de matemática na Escola Militar; 
  • 1888: É promovido a alferes aluno. Matricula-se na recém-criada Escola Superior de Guerra; 
  • 1889, 15 de Novembro: participa na implantação da República; 
  • 1890: Forma-se bacharel em Ciências Físicas e Naturais na Escola Superior de Guerra; promovido a segundo-tenente de artilharia; professor de Astronomia, Mecânica Racional e Matemática Superior. É promovido a primeiro-tenente do Estado-Maior por serviços prestados durante a proclamação da República;
  • 1900: É nomeado chefe da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas no Estado de Mato Grosso; 
  • 1901: Pacifica os índios Bororós;
  • 1910: Criação do Serviço de Proteção aos Índios, tendo Rondon como diretor;  
  • 1911: Pacificação dos Botocudos; 
  • 1912: Promoção de Rondon a coronel de engenharia. Pacificação dos Kaingáng, de de São Paulo 
  • 1914: Início, em 21 de janeiro, em Tapirapuã, MT, da Expedição Científica Rondon-Roosevelt. Pacificação dos Xokleng; recebe o Prêmio Livingstone, concedido pela Sociedade de Geografia de Nova Iorque; 
  • 1918: Pacificação dos Umotina; 
  • 1919: É nomeado Diretor de Engenharia do Exército; 
  • 1922: Pacificação dos Parintintim; 
  • 1927: Inspeciona toda a fronteira brasileira desde as Guianas à Argentina;  
  • 1928: Pacificação dos Urubu;  
  • 1930: Revolução no Brasil; Getúlio Vargas, o novo presidente, hostiliza Rondon que, para evitar perseguições ao Serviço de Proteção aos Índios, logo se demite da sua direção; Rondon recusa-se a apoiar a Revolução de 30 e é preso em Porto Alegre pelo capitão Góis Monteiro. Rondon requer a reforma e é libertado da prisão; 
  • 1938: Promove a paz entre a Colômbia e o Peru;  
  • 1939: Reassume a direção do Serviço de Proteção aos Índios; 
  • 1946: Pacificação dos Xavantes;  
  • 1952: Rondon apresenta ao presidente da República o projeto de criação do Parque Indígena do Xingu;  
  • 1953: Sob a inspiração direta de Rondon, Darcy Ribeiro funda o Museu Nacional do Índio;
  • 1955: O Congresso Nacional brasileiro promove-o a marechal do Exército Brasileiro; 
  • Em 17 de fevereiro de 1956, o Território Federal do Guaporé teve seu nome alterado para Território Federal de Rondônia, em 1981 elevado a Estado;  
  • 1957: foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, pelo Explorer's Club, de Nova York; 
  • 1958: Cândido Rondon faleceu em 19 de janeiro, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista.



COORDENADORES DO PROJETO
     


Prof. Ms. Aguinaldo
Salomão Silva - Professor de Biologia, Mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, Educador Ambiental, Gerente de Projetos Socioambientais e Consultor Ambiental.


Ten Elton Valério do Nascimento - Biólogo e pós graduado em metodologia do Ensino Superior.


  INTRODUÇÃO
           
           A busca da preservação e conservação ambiental tem sido um tema significativo e muito discutido no desenvolvimento urbano e rural em todo o mundo desde a histórica Conferência Mundial do Meio Ambiente em Estocolmo, em 1972, e das que a sucederam, como Tibilisi (1977), Rio 92 (1992), Tessalônica (1997) e Joanesburgo (2002).
            Dentro desse contexto, é importante enfatizar que a escola, enquanto agente sócio transformador, tem um papel relevante, de vez que ela pode estabelecer a ponte dialógica entre o os saberes disciplinares, - Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Arte e Educação Física - com a Educação Ambiental.
Infelizmente, a maioria dos estabelecimentos de ensino que patrocinam a educação básica, não tem demonstrado em sua práxis pedagógica bastante interesse perante os fundamentos epistemo-metodológicos da Educação Ambiental. 
De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/99, Art 1º "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como do uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."
Uma Educação Ambiental excessivamente teórica, reducionista, dicotomizadora e racionalista, pouco ou quase nada contribui para o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações. 
O meio ambiente envolve não apenas a dimensionalidade ecológica, mas igualmente os aspectos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.


           
  JUSTIFICATIVA

É inegável a dificuldade que os alunos apresentam quanto à possibilidade de correlacionar os assuntos científicos com suas vivências, aqui entendidas como experiências escolares, cotidianas, sociais e culturais. A ciência e o cotidiano são culturas interligadas, mas esta ligação muitas vezes não é visível para os estudantes.
A criação de um espaço que possibilite aos alunos contribuírem de forma autônoma e supervisionada implica em um desenvolvimento interativo, participativo e organizacional que não só garante a construção do conhecimento científico, mas também com a versatilidade, criatividade e soluções de problemas, desenvolvendo assim, habilidades e competências intelectuais e comportamentais.
Assim,  a criação e manutenção do Clube de Ciências Socioambientais “Marechal Cândido Rondon”, no âmbito do Colégio Militar de Brasília, se justifica pelas seguintes razões:

         a)  faculta aos alunos vivenciarem algo que lhes chame a atenção ou mesmo que possa ser incorporado ao seu cotidiano, de forma interativa e coletiva, passando de reprodutores e assimiladores de informações para participantes críticos e agentes ativos na formação e utilização de conhecimentos cientificos;

        b) está de acordo com o Artigo 225 da Constituição Federal, Agenda 21, Tratado de Educação para Sociedades Sustentáveis, Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA),  Parâmetros Curriculares Nacionais, Declaração de Brasília para Educação Ambiental e outros documentos referenciais;


       c)   encontra-se alinhado com a Proposta Pedagógica do Colégio Militar de Brasília, a qual preconiza que “mais do que facilitar o acesso ao conhecimento, o CMB objetiva à formação integral de cidadãos autônomos, éticos, solidários e atuantes social e politicamente por intermédio do trabalho e do desenvolvimento dos campos afetivo, cognitivo e psicomotor”;


      d) proporciona um momento de encontro para aquisição e aprofundamento em temas científicos, cujo conteúdo abordado em sala de aula, despertou mais interesse.

Importa considerar que a intenção do Clube de Ciências Socioambientais “Marechal Cândido Rondon”,  não é formar “mini cientistas”, mas cidadãos conscientes de sua função social.  Pessoas que tenham a percepção de que estão inseridas em um ambiente antrópico e natural e que suas ações certamente afetam positiva ou negativamente esse ambiente.


       OBJETIVO GERAL


  •  Incentivar a pesquisa de questões socioambientais de forma científica, ativa e  interligando esses assuntos às suas experiências e vivências.

      OBJETIVO ESPECÍFICOS

  • Empreender um estudo das questões socioambientais dentro de um enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
  • Conceber o meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre  o meio natural, o sócio econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
  •  Despertar nos jovens o interesse pela Ciência e pela pesquisa científica;
  •  Promover a integração entre as áreas de Ciências - humanas, biológicas e exatas - , bem como entre os alunos e a comunidade;
  • Realizar conferências, excursões, experiências, mostra de trabalhos desenvolvidos e visitas de caráter científico e cultural;
  • Promover intercâmbio com agremiações similares, nacionais ou estrangeiras, cujo teor se coaduna com as finalidades deste Clube de Ciências Socioambientais;
  • Incentivar a realização de Feiras de Ciências e Mostras Culturais.

 PÚBLICO ALVO

Alunos  do ensino médio do Colégio Militar de Brasília.


 METODOLOGIA

 Todos os trabalhos científicos dos Clube serão empreendidos por meio da pedagogia de projetos, do método científico, assim como da pesquisa bibliográfica e documental, estudos de campo e excursões, fóruns e seminários. 


AVALIAÇÃO

Por ser um projeto paralelo à grade curicular, não deverá haver uma avaliação que influencie as notas curriculares, positiva ou negativamente. No entanto, todo processo de ensino necessita de uma avaliação, para se poder compreender o desenvolvimento obtido por parte dos alunos e professores. A auto avaliação, portanto cobre esses fatores. Os alunos podem responder um questionário evidenciando o quanto aprenderam ou evoluíram do ponto de vista do conhecimento. Além disso, podem avaliar os professores coordenadores, fornecendo um feedback para este.