No dia 20 de outubro de 2015, o Clube de Ciências Socioambientais, por meio de seus cooordenadores - Ten Elton Valério e Prof. Salomão - e alunos, efetuaram um estudo de campo sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Distrito Federal. Nessa ocasião tivemos a oportunidade de conhecermos o Museu do Lixo e a Usina de Triagem de Lixo que se localiza em Ceilândia, no P Sul.
Museu do SLU
Inaugurado em 1996 e idealizado por Cícero Carlos Gomes, chefe de operação da Usina de Compostagem e Triagem do SLU, o museu exibe peças que foram descartadas na cidade e que chamam a atenção de alguma forma.
Equipe do Clube de Ciências Ambientais no Museu do Lixo |
São aparelhos telefônicos, câmeras fotográficas, máquinas de escrever, celulares, cédulas de dinheiro e outros objetos (bonecas, esculturas, uniformes do SLU, equipamentos de trabalho) compõem o ambiente.
Alunos observando o acervo do museu |
O Museu do SLU fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, mas a visista deve ser agendada com antecedência no telefone (61) 3213-0156.
Usina de Compostagem e Triagem de Lixo
Localizada na região periférica de Ceilândia (cidade satélite de Brasília), a Usina de Compostagem e Triagem de Lixo, recebe em média 600 toneladas de lixo por dia.
Algumas orientações do técnico de gestão ambiental Natanael |
Todo resíduo sólido que é destinado para essa usina provém das cidades de Ceilândia, Recanto das Emas, Samambaia e Taguatinga.
O processo de triagem inicia-se com a coleta do lixo nas cidades pelos caminhões contratados pelo SLU/DF. Uma vez recolhidos os lixos nos bairros residenciais, os caminhões dirigem-se para a usina, com o objetivo de principiar o ciclo de triagem e compostagem. Resumidamente, esse ciclo obedece as seguintes etapas:
Chegada e armazenamento do lixo |
Separadeira que rasga os sacos de lixo |
3ª - a parte orgânica se transforma em adubo, que será comercializado posteriormente, enquanto que o material recolhido pela cooperativa de catadores é armazenado num depósito para ser vendido as indústrias de reciclagem;
Depósito de material reciclado |
Montanhas de lixo orgânico que serão transformados em fertilizantes |
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Aterro sanitário da estrutural |
Considerações finais
A visita ao Museu do Lixo e a Usina de Triagem de Lixo foi muito exitosa do ponto de uma Educação Ambiental, critico-reflexiva, tranformadora e cidadã.
Nesse estudo de campo, os alunos aprenderam:
Nesse estudo de campo, os alunos aprenderam:
- modus operandi de uma usina de triagem e compostagem de lixo;
- importância ambiental e sócio econômica de uma cooperativa de catadores;
- papel da população no processo de separação do lixo em suas residências;
- principais impactos socioambientais causados pelo chorume;
- gratidão e reconhecimento por todos aqueles que trabalham no serviço de limpeza urbana;
- que não existe trabalho mais importante que o outro, de vez que, toda ocupação, seja ela manual ou intelectual, é necessária para o equilíbrio dinâmico do organismo societário.
Cooperativa de catadores no interior da usina |
Um aspecto que não pode ser esquecido, nessa visita, foi o abalo psicoemocional que a maioria dos discentes experimentaram. Nunca em suas vidas, tiveram a oportunidade de testemunharem seres humanos sobrevivendo as custas do lixo que é gerado no interior de nossas residências e dos estabelecimentos comerciais.
Todavia, o quadro que mais os angustiou, foi presenciarem, os catadores trabalhando num ambiente insalubre e de fedor quase insuportável. Muitos alunos, deixaram a usina consternados e profundamente pensativos, por saberem que o mundo real é bem diferente daquele que a mídia televisiva exibe cotidianamente em seus comerciais, jornais, programas e novelas. Mas por que será, que televisão não nos mostra essa dura realidade? Não é muito interessante para a grande maioria daqueles que detém o poder midiático (entendeda-se, hegemonia política e econômica), preocuparem-se com esssas questões. Para que melhorar o IDH, ou seja, a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico, da população se é a miséria material e cultural que os perpetua no poder.
Em resumo, uma Educação Ambiental verdadeiramente sócio transformadora, não pode se furtar de integrar em sua práxis a dimensão racional, afetiva, sensorial e noética. Fora desses quatro eixos, toda prática de ensino nesse campo, é semelhante a uma bonita flor, porém ser perfume.
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