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sábado, 28 de abril de 2018

Parque Olhos D' Água: uma enciclopédia de ensinamentos ambientais

No dia 26 de abril, o Clube de Estudos Ambientais realizou um estudo de campo no Parque Ecológico de Uso Múltiplo Olhos D' Água. Esse Parque Ecológico foi criado em 17 de setembro de 1994. Além se sua importância ecológica - proteção de uma lagoa, nascentes, minas D' Água e córregos existentes no local - o Parque Olhos D' Água possui uma localização privilegiada, o que faculta uma grande acessibilidade da população.
 
Alunos do CEA/CMB (ao fundo Lagoa do SAPO)
 
A história do parque é revestida de intensa mobilização da comunidade local. Muitos projetos comerciais, tais como a construção de shopping center, foram rechaçados pela população, visto que  poderiam impactar negativamente o abastecimento hídrico e desfavorecer a biota local.
Atualmente o parque apresenta um quadro de impactos ambientais associados com alguns problemas de erosão do solo e à invasão de espécies vegetais e animais exóticos. Carente de recursos, fato observado na maioria das unidades de conservação, o parque não tem como investir na melhoria de sua conservação e ampliação de seu uso para a comunidade.

Objetivos e metodologia
Para esse estudo foram empregados os seguintes instrumentos metodológicos: Trilha Ecológica Interpretativa, registro fotográfico e caderno de anotações.
O objetivo principal dessa atividade de ensino foi despertar nos alunos um olhar mais sensível ao ecossistema que integra o Parque Olhos D' Água. Uma outra meta pedagógica não menos importante foi mostrar para os discentes como que os componentes bióticos e abióticos concorrem para que a trama da vida funcione de maneira harmônica no sistema ecológico do parque. 
Exercitando a experiência afetiva com a sensorialidade ambiental
Esse estudo ainda não se encerrou, pois ele foi fragmentado em três partes:

I - Experiencia afetiva com a sensorialidade ambiental.

II - Pesquisa bibliográfica de aprofundamento de temas que foram estudados na trilha ecológica. 

1 - Plantas do cerrado e suas adaptações 


  • Bianca Lieko
  • Paz

2 - Plantas hemiparasitas do cerrado 

  • Isabela Cervantes
  • Aline Cunha

3 - Assoreamento dos rios

  • Eduarda Fonseca
  • Gabriela Ortega

4 - Sucessão ecológica: estágios, tipos e exemplos

  • Guilherme Machado
  • Martins

5 - Serrapilheira 

  • Maria Eduarda
  • Marina Vargas

6 - Vegetação capoeira 

  • Igor Durando
  • Veloso

7 - Nascentes: importância e processo de recuperação

  • Mariane
  • Manoela

8 - Unidade de Conservação

  • Pedro Calixta
  • Laisa Moura

9 Estação meteorológica: como funciona e importância

  • Miguel Sobreira
  • Felipe Sisnando

10 - Eutrofização
  • Willian
  • Caio Paz

11 - Liquens e sua importância ecológica
  • Manuella Motta
  • João Gabriel


III - Socialização das pesquisas no Blog do CEA/CMB

Considerações finais
Este encontro foi muito produtivo em termos de novas aprendizagens ambientais, pois os alunos revelaram grande interesse pelas explanações do professor, assim como pelas considerações dos colegas que problematizavam certas situações observadas. 
Momento de confraternização e descontração
Ao término dessa experiência educacional, foi dada a oportunidade para os alunos se confraternizarem por meio de atividades lúdicas. 

Recepção aos calouros do CEA/CMB

O Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília, vem expressar sua gratidão  pela recepção que as alunas Alexandria e Yohanna ofertaram aos novos membros do CEA/CMB. 

Na ocasião havia vinte e um alunos, essa imagem registra apenas um ângulo dos expectadores
Essas duas discentes, encontram-se filiadas no Clube de Estudos Ambientais desde o ano de 2016. Nesses três anos de profunda dedicação ao CEA, Alexandria e Yohanna, sempre pautaram suas ações com dedicação, operosidade e responsabilidade, não somente aos estudos da grade curricular normal, mas igualmente pelas tarefas que lhes eram ofertadas pelo Major Fraga e prof. Salomão.
Na recepção dos calouros as duas estudantes, narraram com enternecimento e alegria, suas experiências, aprendizados e vivências colhidas no âmbito do Clube de Estudos Ambientais. Entretanto o ponto culminante do relato, foi quando elas disseram que "quem passa pelo Clube nunca mais é o mesmo". 

Alexandria e Yohanna
Eis um sucinto fragmento do discurso de recepção das alunas:

Alexandria, turma 304
"Antes de entrar para o Clube de Estudos Ambientais eu era uma pessoa tímida e com dificuldade de me manifestar em público. No entanto, na medida que fui entrosando nas tarefas que me eram solicitadas, fui adquirindo uma maior habilidade de falar a um grande número de expectadores (...). O CEA me fez sair de uma "bolha". Antes minha visão se restringia unicamente ao que eu aprendia em sala de aula, mas a partir do momento que comecei a frequentar o Clube de Estudos Ambientais, meu olhar que antes era bastante limitado, tornou-se mais amplo e profundo. Compreendi que não podemos ver o meio ambiente apenas pela ótica ecológica, mas agregar a ela, a dimensão social, econômica, cultural e histórica, pois ele é muito mais complexo do supomos." 

Yohanna, turma 309 
"O Clube de estudos Ambientais me ensinou muitas coisas, contudo o que vou levar para a minha vida pessoal e profissional, é a convivência respeitosa que devemos ter com o meio ambiente natural. Muitos dos ecossistemas que hoje estão sendo danificados pela ganância humana, demoraram milhões de anos para que pudessem atingir um perfeito equilíbrio."

Queridas alunas, muito obrigado por tudo o que vocês realizaram para o Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília. Onde estiverem e com quem estiverem, levem em suas almas e em suas atitudes a luz dos ensinamentos que vocês recolheram em nosso humilde e despretensioso núcleo de estudos do meio ambiente. Sejam um estrela do Colégio Militar de Brasília à luzirem no firmamento do mundo e da sociedade, tão empobrecida de paz, sabedoria, amor e espiritualidade dignificante.

Major Fraga/Prof Salomão
Coordenadores do CEA/CMB



sexta-feira, 20 de abril de 2018

Qual sua opinião a respeito da visita que você empreendeu no 8º Fórum Mundial da Água

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL


Aluno Jader
Turma 107

Essa visita ao Fórum me ajudou entender o conceito de sustentabilidade ambiental. Já tinha ouvido falar a respeito desse assunto nas aulas, principalmente de geografia e química. No entanto, foi no 8º Fórum Mundial da Água, realizado aqui em Brasília, que eu entendi como é muito complexo esse assunto. A maioria das pessoas pensam que sustentabilidade ambiental significa apenas cuidar da natureza. Não é somente isso. Por meio de uma palestra que assisti no Fórum e dos estudos que eu realizei na Internet, percebi que a sustentabilidade ambiental, vai muito além do que plantar uma árvore, pintar desenhos com animais e plantas, visitar um parque ecológico ou fazer campanhas de recolher o lixo e outras coisas mais. 
Na verdade, sustentabilidade ambiental se refere a todas ações antrópica que colaboram para a manutenção da integridade estrutural e funcional dos ecossistemas, para que as diversas formas de vida, inclusive a humana, consigam garantir o necessário a sua sobrevivência. 
A sustentabilidade ambiental uma concepção filosófica atraente, contudo ela somente terá efeito concreto se nossa sociedade conseguir colocar em prática os três pilares do desenvolvimento sustentável. Mas quais são esses pilares? Desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. 
O desenvolvimento econômico significa exercer um empreendedorismo que tenha capacidade de produzir, distribuir e oferecer produtos ou serviços de forma que estabeleça uma relação de competitividade justa em relação aos demais concorrentes do mercado. Ademais, um desenvolvimento econômico sustentável preserva e conserva o equilíbrio nos ecossistemas que se encontram em seu derredor.
A dimensão social do desenvolvimento sustentável representa o capital humano, o conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências dos funcionários de uma empresa. Esse capital humano é quem impulsiona o resultado em ganho financeiro. Por essa razão a empresa precisa valorizar seu recurso humano, por meio de ações que valorize a saúde e o bem-estar de seu empregado, bem como medidas que inibem os conflitos desnecessários e competições negativas. Além de seus funcionários, a empresa necessita levar em consideração, seu público-alvo, seus fornecedores, a comunidade que a circunda e a sociedade como um todo.
Um desenvolvimento sustentável ambientalmente "perfeito" é aquele que impede ou gera o mínimo de impactos ambientais. A valorização do capital natural, recursos naturais, como água, terra e os minerais, de onde se extraem as matérias-primas necessárias a sobrevivência, é o principal eixo da sustentabilidade, pois é nele que se assentam os pilares econômico e social.
Bem, acho que consegui passar um pouco do que aprendi sobre sustentabilidade ambiental. Como eu disse, o assunto é muito mais profundo do que a gente imagina. Resumindo, eu diria, o seguinte: Para que a sustentabilidade ambiental deixe de ser uma utopia para se tornar uma realidade, é indispensável que os três pilares - econômico, social e ambiental - estejam funcionando de maneira alinhada e equilibrado. Caso contrário, jamais teremos um desenvolvimento "economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto".




quarta-feira, 18 de abril de 2018

Trabalhando a interdisciplinaridade no Parque Olhos D`Água

Em visita conduzida pelo Major Fraga, Professor-Orientador do Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília - CEA, alunos e alunas do 6º Ano do Ensino Fundamental empreenderam no dia 16 de abril de 2018, um estudo de campo no Parque Ecológico e de Uso Múltiplo Olhos D´Água. 


Alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental em frente da Lagoa do SAPO 
Localizado entre as Quadras 412/415 Norte, no centro do Distrito Federal, na região administrativa de Brasília, o Parque Olhos D`Água é um espaço público voltado para a preservação ambiental, lazer, meditação e espiritualidade ecumênica. 
Durante a visita, foi realizada uma Trilha Ecológica Interpretativa como instrumento pedagógico de Educação Ambiental. Essa metodologia de ensino propicia um contato mais próximo entre os alunos e o meio ambiente que está sendo objeto de estudo. É forçoso destacar que o contato direto dos alunos com o ambiente natural do Parque, contribuiu favoravelmente para a aquisição de conhecimentos e atitudes, valores e sensibilidades voltados para uma ecologia de mais respeito e cuidado com a natureza. 

Major Fraga explicando a interação ecológica das plantas com os
 componentes bióticos e abióticos do ecossistema Parque Olhos D´Água
Nessa atividade de ensino foram abordados uma pluralidade temas ambientais. No entanto, a centralidade teórico conceitual de nossa ação docente, circunscreveu-se em:

  • Unidades de Conservação;
  • Solos;
  • Água;
  • Bioma cerrado;
  • Matas ciliares;
  • Reflorestamento;
  • Nascentes;
  • Etc.

Essa experiência didática foi muito significativa. Tivemos o ensejo de trabalhar interdisciplinarmente alguns conteúdos da grade curricular das disciplinas de Ciências, Geografia, Língua Portuguesa e História. A satisfação desse estudo ambiental não foi unicamente nossa, professores, mas da maioria dos alunos que vivenciaram no laboratório da natureza, conceitos que antes eram ministrados apenas em sala de aula. 
Portanto, poder-se-ia afirmar categoricamente, que esse empreendimento educativo alcançou seus objetivos pedagógicos, que foram em substância, promover uma compreensão mais ampla dos serviços ecossistêmicos que o meio ambiente natural vem prestando ao homem e a todos os demais seres vivos que integram a biosfera.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Benfeitor da Causa Ambiental




Uma breve biografia

Antônio Donato Nobre foi pesquisador Bolsista Produtividade CNPq por seis anos. Sábio, consegue conjugar razão e sentimento, inteligência e coração. Ele não se limita unicamente a fazer ciência  para o eruditos, mas procura igualmente tornar acessível a mente comum o tesouro de conhecimentos e de experiências que conseguiu haurir nessas décadas de estudos. Sua humildade acadêmica torna o saber complexo da ciência em tema de fácil intelecção para aqueles que são leigos no assunto. 
Possui graduação em Agronomia pela Universidade de São Paulo, Mestrado em Biologia Tropical (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e PhD em Earth System Sciences (Biogeochemistry) pela Universty of New Hampshire. Atualmente é pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e pesquisador visitante no Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. 
Tem experiência em Ecologia e Geociências. Habitualmente, o Dr. Antônio Donato, tem desenvolvido em suas conferências os seguintes temas: Evolução da vida na terra; Ecologia de florestas; Ciclo do carbono; Efeito estufa; Relações biosfera-atmosfera; Hidrologia; Clima e mudanças globais; Sensoriamento remoto; etc.
O pesquisador Antônio Donato atua também em variados tópicos na agenda de desenvolvimento sustentável para a Amazônia e tem destacada atuação na democratização da ciência. 
Esse extraordinário estudioso do meio ambiente, por tudo o que fez e vem fazendo pela ciência e pela coletividade humana, merece do Clube de Estudos Ambientais de Brasília - CEA/CMB, o nosso despretensioso preito e o título de Benfeitor da Causa Ambiental. Parabéns Dr Antônio, por ser um cidadão de bem e uma liderança inspiradora a todos os jovens que anelam a respeitável carreira de pesquisador.

Qual sua opinião a respeito da visita que você empreendeu no 8º Fórum Mundial da Água

CRISE HÍDRICA NO DF - PRINCIPAIS CAUSAS

Aluno Willian
Turma 102

Participei de uma palestra cujo tema principal foi a crise hídrica em Brasília. Basicamente ponto que mais me chamou a atenção nesta conversa, foi o fato de Brasília ser escolhida para sediar o Fórum, apesar de estar atravessando uma crise hídrica. 
Para algumas pessoas presentes na palestra, Brasília não poderia ser escolhida para ser a sede do 8º Fórum Mundial da Água. Uma pessoa mai exaltada levantou a seguinte questão: Como falar de gestão hídrica sustentável se a própria Capital Federal do Brasil estava passando por problemas de abastecimento de água? 
Ficou um clima de mal estar na sala, mas o expositor contornando a situação afirmou serenamente que não tinha de constrangedor Brasília ser a Sede do Fórum, visto que a problemática da crise hídrica vem ocorrendo em várias partes do mundo. Na verdade, disse o palestrante "isso (Fórum) é muito bom porque nós estamos num momento muito significativo, um momento de muito aprendizado que significa duas coisas: primeiro, compreender que estamos vivendo um período difícil para o planeta inteiro. E, segundo, que estamos aprendendo com essa crise hídrica."

https://www.metropoles.com/distrito-federal/obra-que-permite-uso-do-volume-morto-deve-ficar-pronta-em-maio
As sábias palavras do expositor conseguiram acalmar alguns ânimos mais acirrados. A partir de então a palestra seguiu seu curso normal. Quando terminou a conferência, percebi que valeu a pena ter ido ao Fórum, pois compreendi que a crise hídrica no Distrito Fderal está relacionada com: 
  • aumento do consumo de água;
  • desperdício de água;
  • desmatamento;
  • diminuição das chuvas; 
  • carência de planejamento dos assentamentos urbanos;
  • pouca consciência no uso do recurso;
  • mudança climática;
  • impermeabilização do solo;
  • etc. 
Depois dessa palestra, senti que já não sou mais o mesmo, pois a visão que eu tinha de meio ambiente  e da água mudaram significativamente.   



segunda-feira, 16 de abril de 2018

Qual sua opinião a respeito da visita que você empreendeu no 8º Fórum Mundial da Água?

REUSO DA ÁGUA

Aluno Daniel Moreira
Turma 105

O que mais me provocou interesse, foi um estande que apresentava diversos projetos de reuso da água. Explicou o técnico que estava representando o estande, que o reuso da água é um processo pelo qual a água é utilizada novamente. Nesse procedimento pode haver ou não tratamento da água, mas isso vai depender da finalidade para a qual vai ser reutilizada.
Ficamos sabendo que o reuso da água é de grande importância para o meio ambiente natural e humano. A água é um bem natural de grande valor que devido a vários fatores tem se tornado muito caro. Logo, reutilizar a água é de fundamental importância para a saúde dos ecossistemas naturais e também para a economia das empresas, cidadãos e governos. 
Na ocasião o instrutor nos apresentou inúmeros exemplos práticos de reutilização da água no âmbito das empresas, residências e até mesmo da rede de esgoto. 
Nas empresas, a água utilizada em processos industriais pode ser tratada numa estação de tratamento de água na própria organização empresarial e depois reutilizada no mesmo ciclo produtivo. 
Nas residências, a água de banho pode ser captada e usada para lavagem de quintal e para dar descarga em vasos sanitários. O palestrante nos revelou que já existem no mercado, sistemas que realizam a captação, armazenamento e filtragem deste tipo de água. 
A água da rede de esgoto pode passar por um processo eficaz de tratamento e ser empregada para regar jardins públicos, lavar ruas e automóveis e até mesmo irrigar plantações.
Foi comentado também sobre a reutilização da água da chuva. Atualmente, uma enorme quantidade de água da chuva se perde na rede de esgoto das cidades. Esta água, se captada, pode ser utilizada de diferentes maneiras, desde que haja um sistema de captação eficiente que possa armazenar a água de uma forma segura. Nas residências a água da chuva pode ser utilizada em atividades domésticas, como irrigação de plantas, lavagem da casa, das calçadas, lavagem do carro, banho do animal de estimação, descarga do banheiro, etc. Nas empresas a água da chuva pode ser empregada em diferentes setores e atividades.
Resumindo, essa excursão ao 8º Fórum Mundial da Água, foi uma experiência muito legal. Espero que o Colégio Militar de Brasília, por meio do Clube de Estudos Ambientais, nos proporcione mais atividades dessa natureza.