Introdução
Desde o desaparecimento dos dinossauros (há 65 milhões de anos), a Terra não passava por eventos de extinção tão massivos, quanto o atual. Segundo cientistas australianos, quase metade de todas as espécies de insetos, em todo o mundo, está em rápido declínio e apresenta risco significativo de extinção.
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Representação de dinossauros em seu habitat |
Revista Biological Conservation
Os autores da pesquisa, publicada na revista Biological Conservation, alertam ainda que o fenômeno gerará um "colapso catastrófico", com impactos na economia humana e na sobrevivência de outros animais. "A conclusão é clara: a menos que mudemos nossas formas de produzir alimentos, os insetos vão ter tomado o caminho da extinção em algumas décadas", ressaltaram os autores Francisco Sanchez-Bayo e Kris Wyckhuys, das Universidades de Sidney e Queensland, respectivamente. A dupla também ressalta o fato de as atenções, para a perda da biodiversidade, geralmente se voltarem para o destino dos animais de grande porte (como os mamíferos). Mas os insetos, lembram, são "de importância vital para os ecossistemas". "Esse evento não pode ser ignorado e deve fazer com que atuemos para evitar um colapso, que seria catastrófico, dos ecossistemas naturais", insistem.
As abelhas
As abelhas, e consequentemente seu trabalho de polinização, costumam ser os exemplos mais lembrados quando se fala na extinção de insetos.
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Abelha realizando o processo da polinização |
Vicent Bretagnole, também integrante da pesquisa, ilustra que, no ano passado, a França sofreu um declínio "vertiginoso" de aves por falta de abelhas (um dos insetos constantes em seu cardápio). "Quase não há mais insetos, e esse é o problema número um. Até os pássaros devoradores de grãos precisam de insetos em uma época do ano, para seus filhotes.", explicou.
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Avião lançando pesticidas na lavoura |
Como causas do problema, a equipe australiana indicou o desaparecimento do habitats desses animais e o uso de pesticidas sintéticos (na intensificação da agricultura industrial ocorrida nos últimos 70 anos). Há, ainda, a proliferação de espécies invasoras e as mudanças climáticas, especialmente em regiões tropicais
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/ - acesso em 12/02/19 (adaptado)
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