"De um lado, a ciência aponta para o risco de extinção de centenas de espécies devido a atividades predatórias humanas, como destruição de habitat, caça e comércio ilegais, além das mudanças climáticas por causas antropogênicas. De um outro, as políticas de inclusão desses mesmos animais e plantas na lista dos ameaçados não acompanham o ritmo das evidências. Às vezes, demora-se até 20 anos para que isso aconteça. É o que indica um artigo publicado na revista Science."
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/ - Acesso em 15/02/2018)
APROFUNDANDO OS CONHECIMENTOS
O impacto mais danoso da perda da biodiversidade é o desaparecimento completo das espécies animais e vegetais. A grande causadora da extinção de espécies, no âmbito mundial, são as ações antropogênicas (origem humana) desordenadas. Inúmeras são as causas promotoras da perda da biodiversidade. Elas podem ser naturais ou humanas. As principais causas de origem humana são:
Destruição de habitat
Várias espécies animais são forçadas a migrar para outras áreas, enfrentando os perigos e as incertezas da sobrevivência. Algumas espécies animais, no entanto, apresentam reduzida capacidade de migração e acabam desaparecendo com seu habitat. Já as plantas, por serem organismos fixos, acabam tendo suas populações reduzidas e extintas localmente.
Várias espécies animais são forçadas a migrar para outras áreas, enfrentando os perigos e as incertezas da sobrevivência. Algumas espécies animais, no entanto, apresentam reduzida capacidade de migração e acabam desaparecendo com seu habitat. Já as plantas, por serem organismos fixos, acabam tendo suas populações reduzidas e extintas localmente.
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Desmatamento e substituição de habitats pela agricultura em escala industrial |
Explotação excessiva dos recursos naturais
A explotação excessiva ou sobrexplotação consiste na retirada, extração ou obtenção desmesurada de recursos naturais não renováveis para aproveitamentos econômicos. São formas de sobrexplotação: a sobrecaça, a sobrepesca, a exploração ilegal de madeira, de água dos aquíferos e de espécies da fauna e da flora.
A explotação excessiva ou sobrexplotação consiste na retirada, extração ou obtenção desmesurada de recursos naturais não renováveis para aproveitamentos econômicos. São formas de sobrexplotação: a sobrecaça, a sobrepesca, a exploração ilegal de madeira, de água dos aquíferos e de espécies da fauna e da flora.
Tráfico e biopirataria
O tráfico de animais e plantas silvestres é lucrativo para traficantes e receptadores. Entretanto, o tráfico e a biopirataria (apropriação ilegal de recursos naturais e de conhecimentos de comunidades tradicionais) é altamente deletéria para o meio ambiente. Essas ações dificultam a conservação e a preservação de muitas espécies, habitats e ecossistemas.
Introdução de espécies exóticas
A introdução de espécies que não vivem normalmente num ambiente (espécies exóticas) pode provocar desequilíbrios e destruição de organismos fundamentais para a teia da vida. A nova espécie comumente compete por recursos (luz, alimentos, abrigos, etc) com as espécies nativas. O resultado pode ser o desaparecimento de muitas espécies nativas, seja pela competição, predação ou por doenças provocadas pela espécie exótica.
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O Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica), nativo do leste-nordeste da África, é uma espécie exótica no Brasil |
Contaminação de habitats e dos recursos naturais
A contaminação e poluição da água, solo e ar pode inutilizar fontes de alimento e de água potável para muitos seres vivos. Esses poluentes podem afetar direta e indiretamente diversos habitats e espécies, além de se manter presente na teia alimentar por diversas gerações.
Diversas são as maneiras de proteger a biodiversidade. Programas de educação ambiental nos ensinos básico e superior, usos sustentáveis dos recursos naturais, correta gestão de resíduos e poluentes e políticas públicas de prevenção e remediação constituem algumas delas. No entanto, se não ocorrerem esforços imediatos para a preservação da biodiversidade, a própria sociedade humana se tornará vítima do declínio das populações naturais. O ser humano parece ter esquecido de um princípio básico: todos fazemos parte da teia da vida, isto é, nós somos a natureza. Ao perturbamos o equilíbrio dinâmico dessa trama vital, nossa sobrevivência também estará em risco.