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domingo, 25 de março de 2018

8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA, BRASÍLIA (DF)

Entre os dias 18 e 23 de março, foi realizado em Brasília (DF) o maior evento global sobre o assunto água, o 8º Fórum Mundial da Água. É a primeira vez que esse acontecimento, trienal, adveio em um país do Hemisfério Sul. 
Organizado pelo Conselho Mundial da Água  (WWC - World Water Council), pelo governo brasileiro representado pela Adasa, e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Agência Nacional de Água (ANA), o Fórum Mundial da Água contribuiu significativamente para o intercâmbio dialógico e experiencial acerca do tema água, objetivando o uso racional e sustentável deste importante recurso natural.


O Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília, cumprindo o seu papel pedagógico de educador ambiental, esteve presencialmente nesse memorável evento, mais particularmente na Vila Cidadã, por meio dos professores Cel Mateus (História)  e Salomão (Biologia), bem como de seus alunos. 

Prof. Salomão e alunos do Clube de Estudos Ambientais presentes na Vila Cidadã

A Vila Cidadã constitui um imenso pavilhão, com mais de dez mil metros quadrados, que faz parte da programação do 8º Fórum Mundial da Água. É o espaço mais democrático desse magno evento internacional, aberto ao grande público e com entrada franca com atividades formativas e interativas. 


Percepção dos alunos

Percepção é a ação ou efeito de perceber, de compreender o sentido de algo por meio das sensações ou da inteligência. Segue abaixo, algumas percepções dos alunos acerca do que significou a visita ao 8º Fórum Mundial da Água.

aluno Lucas Lima, da turma 109, assim se referiu: 
"A minha ida ao Fórum fez refletir que não devemos desperdiçar água, visto que em muitas localidades do mundo, milhares de pessoas estão sofrendo com a escassez desse recurso natural (...).  Esse passeio também me deu oportunidade de enriquecer meus conhecimentos e adquirir uma maior consciência acerca da utilização racional e sustentável da água."

Para a aluna Lais Helena, da turma 109, o referido Fórum permitiu que ela chegasse a seguinte conclusão:
"Ainda tenho muito que evoluir e creio que atividades como essa, e muitas outras proporcionadas pelo CMB, mas especificamente o Clube de Estudos Ambientais, impulsonaria ainda mais nosso crescimento e formação como cidadãos."
Alguns alunos do Clube de Estudos Ambientais, apadrinhando uma árvore do Green Nation
A respeito desse evento mundial, o aluno Danilo Gonçalves da turma 107, asseverou que: 
"A visita ao Fórum foi muito interessante não somente pelas atividades interativas e sociais, mas igualmente pelo fato de ser um evento internacional com a presença de muitos gringos. Via pessoas falando diversas línguas até falei com dois homens que falavam espanhol. Os estandes de outros países foram muito legais de se ver também, pois constatei como algumas nações resolviam seus problemas de abastecimento de água."


Daniel Moreira da turma 105, declarou que:
"(...). Depois fomos ao estádio de futebol Mané Garrincha onde lá eu e meus amigos falamos com alguns gringos para testar nosso inglês, e alguns de nós até ganharam lembrancinhas deles. Depois fomos experimentar algumas comidas típicas ao redor do mundo."

O aluno Igor Durando da Turma 109, constatou o que 
"Muitas outras escolas também estavam no 8º Fórum Mundial da Água. No entanto um dos fatos que me chamaram a atenção, foi que umas criancinhas que deviam estar no primeiro ano, nos olharem de forma curiosa. Era muito engraçado, porque sempre que falamos para alguém que somos do CMB, as pessoas já pensam que mexemos com armas ou que temos que sobreviver no meio da floresta."

Considerações finais
Podemos depreender que a visita a Vila Cidadã do 8º Fórum Mundial de Água, foi deveras muito significativa para os alunos, de vez que muitos tiveram a oportunidade de entesourar mais amplos conhecimentos acerca da importância da água para a sustentabilidade das sociedades humanas. Além do mais, esse célebre evento possibilitou que os discentes do Clube de estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília - CEA/CMB, interagissem com as múltiplas formas de cultura que existem no mundo. 
Em suma, essa atividade pedagógica em Educação Ambiental, foi um momento de grande fecundidade cultural e emocional para todos nós. O Fórum terminou, mas em nosso ser profundo principiou o sentimento de que todos os seres e coisas, homem e natureza, encontram se interligados e interdependentes. 

sexta-feira, 23 de março de 2018

Aula 2 - Paradigma cartesiano e pensamento complexo

A crise ambiental 
A crise socioambiental, em suas diferentes formas de expressão, seja em nível global, ou local tem suas origens no processo de desenvolvimento da sociedade moderna bem como no crescimento elevado da população, na distribuição desigual das riquezas e na dicotomização homem/natureza.
Alterações ambientais de raízes antrópicas não constituem novidade na história humana, pois elas ocorreram em vários pontos do planeta em distintas épocas. Muitas dessas crises ambientais se deram na China antiga, na ilha de Páscoa e nas civilizações maia, índica e grega.
Tivemos igualmente grandes crises planetárias que abalaram profundamente a vida e provocaram extinções maciças de espécies muito antes dos hominídeos e o Homo sapiens sapiens se constituírem como família e espécie, respectivamente. Essas crises, de duração, profundidade e extensão bem mais acentuadas que a atual, foram provocadas não por ação do ser humano, que só apareceria na face do planeta Terra milhões de anos mais tarde, mas por fenômenos astronômicos, climáticos e geológicos.

Entretanto, a presente crise ambiental, quando comparada a todas as outras crises planetárias não antrópicas e crises antrópicas não planetárias revela particular singularidade. É a primeira vez nos 4.5000.0000 anos de existência do nosso planeta, que temos uma crise ambiental global oriunda de atividades exercidas pelo ser humano.

Origem da crise ambiental
Essa crise não surgiu do vácuo, mas de uma conjuntura socioeconômica, política, histórica e cultural. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que as causas da crise socioambiental contemporânea está radicada na concepção equivocada de que desenvolvimento é sinônimo progresso, modernização e crescimento econômico. O autêntico desenvolvimento não se restringe unicamente a sua dimensão econômica, mas igualmente a científica, tecnológica, social, política, cultural e espiritual.
Permeando a visão equivocada do que venha a ser desenvolvimento, está o paradigma cartesiano simplificador. O paradigma cartesiano moderno surgiu e floresceu sob ao respaldo do filósofo francês René Descartes que concebia o mundo como uma máquina constituída de diferentes engrenagens e peças distintas. Dentro dessa ótica Descartes, propunha a ideia de que o pensamento e os problemas deveriam ser desmembrados em suias partes constituintes e dispostos em uma ordem lógica.
https://www.infoescola.com
/filosofos/rene-descartes/
Logo, o pensamento cartesiano acreditava que somente a simplificação  das questões permitiria que as respostas se tornassem perceptíveis e que unicamente a partir da dominação e da transformação do mundo é que se poderia conhecer o real e manipulá-lo pela técnica. Este paradigma alicerçou-se na racionalidade, na quantificação, no dualismo entre corpo e mente, no culto exagerado da teoria em prejuízo da prática e do intelecto em detrimento da emoção, do coração e do espírito. Essa perspectiva filosófica inaugurou uma visão antropocêntrica que incutiu na psiquê humana a ideia de que o espírito da ciência era serví-lo, proporcionando instrumentos que lhe possibilitassem mostrar um domínio cada vez maior domínio sobre a natureza, o que provocou graves equívocos cujos resultados sentimos ainda hoje, que é a crise ambiental contemporânea em suas múltiplas dimensões.

O paradigma cartesiano simplificador muito contribui para o progresso do mundo, todavia na atual conjuntura de crise ambiental, seus fundamentos - dualismo, reducionismo e mecanicismo - , já não conseguem por si só, dar conta das demandas desta sociedade-mundo. O futuro se transformou num todo imprevisível, as verdades tornaram-se transitórias e o conhecimento científico moderno há muito deixou de ser considerado a única forma válida de conhecer o mundo, o homem e a sociedade. Em resposta a este mal-estar, novas concepções tem surgido a partir dos avanços da cibernética e das últimas descobertas da física quântica, das ciências sociais, da biologia e da sociologia, reconfigurando o mundo num todo. Dessa reconfiguração, uma nova estrutura de pensamento vem sendo construída, permitindo a superação do reducionismo, cuja tendência é reduzir tudo às partes. Esse novo paradigma tem sido denominado de teoria da complexidade ou pensamento complexo.

Aventurando por novos mares
A teoria da complexidade tem sido apontada como a maneira mais adequada para se lidar com as transformações profundas pelas quais vem passando nossa humanidade. Muitas dessas metamorfoses socioambientais tem acontecido em consequência da presença simultânea de inúmeros desafios científicos, tecnológicos, econômicos, políticos, sociais, culturais, ecológicos e espirituais.
A razão complexa rompe com a fragmentação e a simplificação do conhecimento, rejeita a linearidade dos fenômenos que acontecem no âmbito do mundo natural e humano. 
http://www.apriso.com/blog/2014/
Busca a formação de uma civilização de alcance planetário mediante o diálogo intercultural, a alteridade e a sinergia. Supõe uma compreensão do mundo de uma maneira global e sistêmica, ecológica e holística, de modo a facultar  o desenvolvimento de um olhar mais sensível e totalizante do objeto de estudo. A complexidade nos revela que a ideia de um universo fechado, linear e eterno necessita ser deixada para trás e que é urgente que nos aventuremos em novos territórios de conhecimento e significações. O pensamento complexo procura dialogar integrativamente com ordem e desordem imanente no mundo.

Edgar Morin, antropólogo, sociólogo e filósofo francês, defende esse pensamento como um modo de repensar a realidade, a educação e a relação homem/natureza. O pensamento complexo é uma maneira de ultrapassar o pensamento cartesiano, que leva ao desmembramento do conhecimento, a dicotomização ambiente antrópico e natural e a simplificação da complexidade do real. 
De maneira resumida, poder-se-ia afirmar que a teoria do pensamento complexo é uma importante bússola teórico-conceitual e metodológica, para todos aqueles que desejam se aventurar seguramente no oceano encapelado da problemática ambiental.

Palavras-chave: Crise ambiental; Paradigma cartesiano; Pensamento complexo


Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum, é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita. Pesquisador emérito do CNRS. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia

domingo, 18 de março de 2018

Aula 1 - Hipótese de Gaia


A hipótese de Gaia também chamada de hipótese biogeoquímica é uma proposição da ecologia profunda que sugere que a biosfera e os componentes físicos da terra - atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera - estão profundamente integrados e interdependentes. É esse complexo sistema que sustenta o equilíbrio dinâmico das condições climáticas e biogeoquímicas do planeta terra. 
https://freemanjack.net

James Lovelock, pesquisador britânico, idealizou essa teoria em 1979. No entanto, a Teoria de Gaia somente ganharia cidadania científica com os estudos apresentados pela bióloga estadunidense Lynn Margulis. 
Essa hipótese foi Gaia recebeu essa designação porque na mitologia grega, Gaia era a deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos. 
De acordo com essa hipótese, o planeta Terra é um enorme organismo vivo auto regulável dotado de elevada complexidade. Dentro dessa perspectiva, todos os componentes bióticos, abióticos e geológicos interagem dinamicamente, promovendo uma variedade de funções e serviços ecossistemáticos, sem os quais a Terra não poderia sustentar a vida que habita em toda a sua biosfera.
Um aspecto não menos importante dessa teoria, é que ela está em perfeita ressonância com o conceito de Teia da Vida proposto pelo físico austríaco Fritjof Capra. A teia da vida segundo o pensamento capriano, advoga a tese de que todos os seres vivos, estruturas e elementos presentes no Planeta Terra e no Universo encontram-se todos interligados e interdependentes.
http://centrosaobenedito.blogspot.com.br
Em outras palavras, o planeta Terra é uma rede, uma cadeia viva de fenômenos que vão se relacionando e se alterando reciprocamente com a finalidade de fomentar todas as condições para que a vida biológica se manifeste em suas mais variadas expressões. 

No âmbito da Filosofia Ambiental, a Teoria de Gaia ocupa um papel ímpar, de vez que a mesma integra o clássico cartesianismo da ciência ambiental com o paradigma do pensamento complexo. Compreender e visualizar o mundo e sua fenomenologia numa perspectiva holística, multidisciplinar e sistêmica são algumas das características do pensamento complexo.
Resumindo, na visão da Teoria de Gaia, a Terra é um organismo vivo, um super sistema auto regulador e auto organizador, formado de elementos físicos, químicos e biológicos, sendo que o agente vitalizador é a energia solar. Se por alguma razão o equilíbrio homeostático desse super organismo for prejudicado por um agente natural ou antrópico, Gaia autonomamente buscaria o equilíbrio. Essa teoria, igualmente assinala que a humanidade é um componente desse macro organismo, tendo portanto obrigações éticas com a manutenção da integridade e saúde de Gaia. Portanto preservar e conservar Gaia, significa salvaguardar a sobrevivência da própria humanidade. Os seres humanos são apenas uma dentre milhares de espécies e carecem da natureza e seus bens quanto qualquer outra para subsistir. E isso que a maiores das pessoas não se lembram. Os seres humanos inexistem sozinhos, pois necessitam forçosamente da natureza, da teia da vida, para permanecer vivo no cenário do mundo. Não é parasitando e predando a Terra e seus recursos naturais que conseguiremos consolidar o tão decantado desenvolvimento "sustentável", mas se aliando a Gaia num clima de parceria, amorosidade e respeito.

Palavras-chave: Teia da vida; desenvolvimento sustentável; preservação; conservação.

sexta-feira, 16 de março de 2018

FICHA DE INSCRIÇÃO - CEA/CMB





FICHA DE INSCRIÇÃO - 2018


CLUBE DE ESTUDO AMBIENTAIS DO COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA – CEA/CMB, constitui um espaço educativo que estuda a temática ambiental em sua multidimensionalidade  Seu principal objetivo é fazer com que o aluno desenvolva não apenas a consciência cidadã, mas igualmente uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. 

Autorizo o ingresso do meu filho (a) ____________________________nº __________ Turma _______ do ______ Ano do Ensino Médio, no Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília. Essa atividade pedagógica acontecerá na 5ª feira (quinzenalmente), no horário das 14:00 às 15:30 horas.

Brasília (DF), ____/___/____

Pais ou responsável: ____________________________




              Coordenação do CEA/CMB
               Maj Fraga/Prof. Salomão



segunda-feira, 12 de março de 2018

PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CLUBE DE ESTUDOS AMBIENTAIS

O Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília - CEA/CMB, constitui um espaço educativo que estuda a temática ambiental em sua multidimensionalidade A educação ambiental desenvolvida no âmbito do CEA/CMB segue as diretrizes normativas da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 (Política Nacional de Educação Ambiental).

Princípios básicos
  • Enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
  • Concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio econômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade;
  • Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, nas perspectiva na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
  • Vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
  • Abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
  • Reconhecimento e o respeito à pluralidade e á diversidade individual e cultural.
Plenário do CEA/CMB
Objetivos
Ao término do ano letivo, os alunos do CEA/CMB, deverão atingir os seguintes objetivos:
  • Desenvolver de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
  • Compreender a problemática ambiental e social dentro de uma perspectiva crítica e transformadora;
  • Participar individual e coletivamente, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania.

Visita institucional a Usina de Lixo do DF
Metodologia
A metodologia da educação ambiental empreendida no Clube de estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília, estará centrada nos aspectos teórico conceituais dos temas relacionados ao meio ambiente, bem como aulas de campo, pesquisas e visitas institucionais. 


Estudo de campo ao parque Ecológico Olhos D´Água

Avaliação
Os alunos serão avaliados mediante participação ativa, assiduidade nos encontros e realização de atividades no Site do CEA (https://clubedecienciasocioambientaiscmb.blogspot.com.br)  e confecção de relatórios.

sexta-feira, 9 de março de 2018

PARCERIA PEDAGÓGICA ENTRE O CLUBE DE ESTUDOS AMBIENTAIS
 E A ASSOCIAÇÃO PARQUE ECOLÓGICO DAS SUCUPIRAS. 



O Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília - CEA/CMB, está consolidando uma parceria com a APES - Associação Parque Ecológico das Sucupiras´.

Professor Fernando apresentando o bioma cerrado do Parque Ecológico das Sucupiras
Objetivo Geral
  • Fomentar uma educação ambiental que promova à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem uma atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais. 

Objetivos Específicos
Esperamos que ao final desse processo educativo os alunos adquiram: 
  • uma maior consciência e responsabilidade ambiental;
  • capacidade de planejar e executar atividades com objetivos a médio e longo prazo;
  • capacidade de trabalhar em equipe, de um modo que permite participação e criatividade.
  • conhecimento e valorização do Cerrado, bem como uma maior conscientização sobre a necessidade de preservar esse importante bioma.

Associação Parque Ecológico das Sucupiras
A APES é uma organização comunitária, sem fins lucrativos, fundada em 2001, que promove a conservação de uma área de cerca de 26h de extensão, na margem oeste sul do Eixo Monumental de Brasília. Nessa importante área urbana há um remanescente de vegetação nativa, última área de cerrado ainda preservado na região central de Brasília. Por sua proximidade à Catedral Militar Rainha da Paz, à Praça do Cruzeiro e ao Memorial JK, o parque possui grande potencial como área de lazer e turismo, principalmente devido à beleza do cenário natural. 
Além dessas possibilidades, a Associação Parque Ecológico das Sucupiras, entende que o parque também pode ser utilizado para atividades de educação ambiental. O Colégio Militar de Brasília por meio do CEA já esteve lá, em 2017, mas precisamente em 14/06, por um grupo de 15 alunos, acompanhados dos professores Salomão de Biologia e Fernando Lopes, de Artes, assim como do professor de Ilustração Científica da UnB, Marcos Ferraz. Nessa ocasião, os alunos realizaram desenhos de observação botânica. 
Professor Fernando apresentando o Parque Ecológico das Sucupiras
aos alunos do CEA e ao professor Salomão
Importa destacar que essa visita ocorreu após uma aula, previamente realizada no colégio, com a supervisão do professor de Biologia, Major Fraga, na qual o professor Marcos expôs aspectos práticos e teóricos de sua disciplina. A atividade foi registrada na página do site do CMB.
A parceria que estamos concretizando junto a APES prevê um trabalho sistemático de preservação e recuperação do cerrado. A ideia é darmos continuidade ao trabalho socioambiental que já vem sendo empreendido magistralmente pela Associação Parque Ecológico das Sucupiras, ampliando assim, ações que comprovadamente, alcançaram bons resultados.

Metodologia
A viabilização dessa parceria CEA/APES obedecerá metodologicamente o o seguinte trâmite:Pmeiramente incrementaremos as ações de prevenção ao fogo, com a retirada da vegetação invasora, notadamente o capim brachiaria. A retirada do capim é a mais importante ação na prevenção aos incêndios. Evitando a propagação do fogo com a retirada de material combustível, esse trabalho garante que as pequenas árvores possam se desenvolver. De outro modo, a destruição causada nesses sinistros tende por extinguir, naquela área, muitas espécies. Observamos também que, com a retirada da brachiaria, a vegetação nativa recomeça a brotar. É possível, então, mantendo de modo continuado algumas práticas de limpeza e restauração, promover a reconstituição do cerrado. Paralelamente, desenvolveremos uma pesquisa sobre germinação e plantio de mudas de Sucupira. Essa espécie, reconhecida e pesquisada por suas propriedades medicinais, não tem ainda sistematizada uma técnica que permita sua reprodução. As árvores que existem são  nativas. 
Todas as atividades serão realizadas ao ar livre. Ao exercício físico proporcionado, é acrescentado o prazer de estar a céu aberto em um ambiente natural, razoavelmente preservado.
Grupos de alunos realizando uma atividade de ilustração científica no Parque Ecológico das Sucupiras
Considerações finais
Esse trabalho de sinergia educacional voltados para questões ambientais está em perfeita sintonia com os princípios educacionais exarados na proposta pedagógica do Colégio militar de Brasília, artigo 225 da Constituição Federal, Lei 9795/99 e outros documentos - ProNEA, Carta de Belgrado, Capítulo 36 da Agenda 21, Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, Declaração de Tessalônica Carta da Terra e outros.