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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS E MEIO AMBIENTE

   No dia 30 de julho de 2019, a Analista Ambiental e Pesquisadora Tainah Corrêa Seabra Guimarães, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ministrou uma palestra para alunos do Clube de Estudos Ambientais (CEA), do Colégio Militar de Brasília (CMB), sobre espécies exóticas invasoras. Durante essa atividade de educação ambiental, os discentes puderam conhecer as definições de espécies exóticas e seus impactos ambientais, econômicos e sociais.

Palestra da Analista Ambiental e Pesquisadora Tainah Guimarães para alunos do CEA/CMB

   De acordo com a pesquisadora, uma
espécie exótica é definida como toda espécie introduzida fora de sua distribuição natural no passado ou no presente. No âmbito dessa definição, é incluída qualquer parte (gametas, sementes, ovos ou propágulos) dessas espécies que possam sobreviver e, consequentemente, se reproduzir. 

A pesquisadora apresentando a definição de espécie exótica


   Tainah Guimarães também explicou aos alunos que uma 
espécie exótica invasora são plantas, animais ou microrganismos que se encontram fora de seu habitat e se proliferam sem controle, trazendo riscos às espécies nativas e ao meio ambiente. A pesquisadora destacou que as espécies invasoras, ao não possuir inimigos naturais, predadores ou patógenos, apresentam vantagens competitivas e tendem a transformar e homogeneizar os ecossistemas.


Espécies exóticas invasoras ameaçam ecossistemas. 
 Fontehttp://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/4-destaques/6795-especies-exoticas-invasoras-ameacam-ecossistemas


   Segundo Tainah Guimarães, muitos são os fatores que potencializam a introdução e o estabelecimento desse tipo de espécie. Dentre eles, podemos citar: o tráfego de embarcações de outros países, o desmatamento e a degradação de áreas naturais, o intenso comércio internacional de plantas ornamentais e de animais de estimação, as mudanças climáticas, etc. Atualmente, as espécies exóticas invasoras estão entre as principais causas diretas de perda da biodiversidade e da extinção de espécies.


Tainah Guimarães recebendo o certificado de agradecimento do Colégio Militar, 
das mãos da Tenente Corrêa. 



Considerações finais
   A palestra da Analista Ambiental Tainah Guimarães, do ICMBio, foi muito importante para os alunos do Colégio Militar porquanto tiveram a singular oportunidade de conhecer a problemática das espécies exóticas invasoras. Os alunos também compreenderam que somente com uma adequada política ambiental é possível conter e mitigar os diversos prejuízos ambientais, sociais e econômicos causados por esses organismos.

sábado, 10 de agosto de 2019

UM DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR RECOMPENSADOR

No dia 9 de julho de 2019 o Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB) empreendeu uma atividade de educação ambiental no Parque Ecológico das Sucupiras, Sudoeste, Brasília, DF. Essa iniciativa pedagógica esteve sob a coordenação dos seguintes professores: Major Fraga (Biologia), Capitão Bexiga (Física) e professor Fernando (Artes). 


Alunos do CEA/CMB acompanhados pelos professores Fernando,
Major Fraga e Bexiga durante estudo de campo no Parque das Sucupiras
Os objetivos que nortearam essa ação docente foram: 

  • Interdisciplinarizar os saberes ambientais, físicos, astronômicos e artísticos;
  • Conscientizar os discentes sobre a importância ambiental do Bioma Cerado, bem como o papel significativo da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) para a preservação e conservação do cerrado localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental; 
  • Sensibilizar os alunos do CEA/CMB ante a magnitudiosa beleza e harmonia que vige no Cosmo.
O trabalho inicial ficou sob a responsabilidade do Major Fraga, coordenador do Clube de Estudos Ambientais. A sua tarefa foi de explicar para os alunos a importância ambiental do Bioma Cerrado. Na ocasião Fraga também fez questão de ressaltar os impactos ambientais negativos que o Bioma Cerrado vem sofrendo por conta da expansão da fronteira agropecuária e da exacerbação da especulação imobiliária sobre o espaço geográfico urbano. 
Após a fala do Major Fraga, quem assumiu a direção do estudo foi o professor Fernando, docente de Artes do Colégio Militar de Brasília. Inicialmente ele tangenciou sobre a criação do Parque das Sucupiras, 2005, e o surgimento  da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) em 2010, assim como sua finalidade socioambiental. Depois desse breve histórico, o professor de Artes, realizou uma atividade prática de Ilustração Científica, junto a área verde do Parque Ecológico.

Alunos empreendendo uma atividade artística de ilustração científica sob a égide do professor Fernando (ao fundo)
Aluno Bouças, pesquisador do CEA/CMB, participando com outros colegas da oficina de ilustração científica

Findada a prática de desenho científico houve uma pausa nas atividades para que os alunos e os professores pudessem tomar um lanche e socializar descontraidamente. Por volta das 19 horas as atividades foram reiniciadas sob a supervisão do capitão Bexiga, professor de Física e coordenador do Clube de Astronomia do Colégio Militar de Brasília. Preliminarmente, o professor Bexiga, entreteceu algumas considerações teóricas sobre o objeto de estudo da Astronomia, explicando que essa notável ciência natural estuda os corpos celestes e fenômenos que se originam fora da atmosfera da Terra. Ele pontuou igualmente que a Astronomia se preocupa com a evolução, a física, a química e o movimento de objetos celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do universo. 
Ultimada a parte teórica sobre essa antiga ciência, o Capitão iniciou a prática observatória da abóbada celeste. Nessa atividade empírica os alunos tiveram a oportunidade de visualizarem no telescópio as estrelas duplas, os planetas Saturno, Júpiter, Vênus e o nosso satélite natural, a Lua. Também visualizaram alguns setores da nossa galáxia, Via Láctea. 

Capitão Vitor assestando o telescópio para que os alunos observem os corpos celestes

Considerações Finais
Esse estudo de campo colimou seus objetivos pedagógicos. Os alunos que participaram dessa atividade de educação ambiente tiveram a oportunidade de integrar os conhecimentos de Biologia, Ecologia, Arte, Física e Astronomia. Aprenderam que o Bioma Cerrado é reconhecido como a savana mais rica do mundo. Entenderam que a má gestão ambiental do Cerrado pode acarretar para as gerações presentes e futuros um passivo ambiental de trágicas consequências econômicas, sociais, culturais e ecológicas.
Na atividade artística, oficina de Ilustração Científica, desenvolveram um olhar mais profundo e sensível ante a estesia que a beleza cênica do cerrado oportuniza. 
A observação astronômica dos corpos celestes deixou uma marca indelével no psiquismo do discentes que participaram dessa atividade. Ficaram maravilhados por saber que na casa do Pai, Cosmo, existem infinitas moradas, incontáveis planetas e sóis, universos e quem sabe outras humanidades, que se encontram interligadas e interdependentes. 
Em síntese, compreenderam experencialmente o que afirmou certa feita Isaac Newton: "A maravilhosa disposição e harmonia do Universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Essa fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."



terça-feira, 6 de agosto de 2019

EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DA OBRA DE MACHADO DE ASSIS

    No dia 23 de julho, o Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB) empreendeu um estudo socioambiental à luz da crônica "Conversa de dois burros falantes", do escritor Machado de Assis. Essa Crônica foi publicada, pela 1ª vez, em 16/10/1892, na coluna "A Semana", do Jornal Gazeta de Notícias. Essa atividade interdisciplinar de Educação Ambiental (EA) foi conduzida magistralmente pelo Ten Marcos, docente de Língua Portuguesa e Literatura do CMB. Na ocasião, o distinto professor empreendeu considerações literárias, sociológicas e ambientais, a partir do apólogo de Machado de Assis.

Ten Marcos apresentando a crônica "Conversa de dois burros falantes", do escritor Machado de Assis.


Reflexões sociológicas e ambientais, a partir do apólogo machadiano


    Com esse debate sobre EA, ocorrido por meio da crônica "Conversa de dois burros falantes", os alunos do CEA puderam compreender como os modelos de desenvolvimento contemporâneo se apresentam muito distantes do ideário de desenvolvimento sustentável. A reflexão do Ten Marcos evidenciou que nem sempre modelos de desenvolvimento promovem inclusão social, bem-estar econômico e preservação dos recursos naturais. Com essa atividade pedagógica, os alunos também tiveram a oportunidade de perceber o quanto o conhecimento é interligado e interdependente. Nesse sentido, a EA é promotora de conhecimentos que dialogam entre si, proporcionando uma visão rica em possibilidades e significados. 





QUESTÃO PARA REFLEXÃO


    Estudamos nesse encontro inúmeros conceitos e temas relacionados com a temática socioambiental. Foi tangenciado pelos professores Marcos e Salomão, bem como por alguns alunos que participaram do debate, as diferenças entre desenvolvimento, progresso e crescimento econômico. Sobre esses temas comente a frase abaixo, segundo o que você entendeu no debate em torno da crônica "Conversa de dois burros falantes":

"O que faz sentido não é a distinção entre desenvolvimento econômico e crescimento econômico, mas entre crescimento econômico (ou desenvolvimento econômico), por um lado, e desenvolvimento humano ou progresso, por outro."




   Caso você queira subsidiar ainda mais sua reflexão, consulte:

http://www.scielo.br/pdf/ln/n93/03.pdf
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-que-e-desenvolvimento-sustentavel/