CMB

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sábado, 28 de dezembro de 2019

Mutirão de plantio no Jardim Louise Ribeiro (Universidade de Brasília)


      No dia 11 de dezembro de 2019, alunos do Clube de Estudos Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB) participaram do evento denominado Mutirão Aberto de Plantio, no Jardim Louise Ribeiro, na Universidade de Brasília (UnB). O jardim constitui uma homenagem à Louise Ribeiro, ex-aluna do CMB e da UnB, vítima de feminicídio em 2016.    

O pai de Louise Ribeiro descerra placa em homenagem à estudante, na UnB.
 Foto: Júlio Minasi/Secom UnB  


      Iniciado em 2017, o jardim já conta com diversas espécies de gramíneas, arbustos e flores nativas do Cerrado. Além de servir de homenagem à Louise, o espaço também objetiva servir como área de pesquisa e de convivência para os estudantes da universidade. 
         Os alunos Visconti, Vieira, Marlon e Carmo e a aluna Cecília Coelho, todos do CEA/CMB, participaram do mais recente mutirão de plantio.      

Alunos do CEA/CMB no Mutirão Aberto de Plantio, Jardim Louise Ribeiro (UnB)  


      Com a participação no evento, os alunos do colégio adquiriram noções de cuidados e de plantio de mudas nativas do Cerrado além da convivência com estudantes universitários.   

 Aluno Marlon com muda de flor nativa do Cerrado (esquerda) e alunos Cecília Coelho,
 Visconti, Vieira e Carmo (direita), no Jardim Louise Ribeiro


REFERÊNCIA:  

https://noticias.unb.br/39-homenagem/1334-tributo-a-louise-para-que-o-feminicidio-nao-se-repita


domingo, 10 de novembro de 2019

O PETRÓLEO NA COSTA NORDESTINA BRASILEIRA


     No dia 05 de novembro de 2019, o Clube de Estudos Ambientais (CEA) realizou um debate sobre a contaminação do litoral nordestino por petróleo. Desde o final do mês de agosto, manchas de óleo atingem praias, estuários e mangues na costa nordestina. As primeiras manchas apareceram em dez praias do estado da Paraíba. No dia 02 de setembro, o petróleo já atingia localidades em Pernambuco e Sergipe.



      Mancha de petróleo em praia nordestina 



     Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no início de novembro, 409 localidades de 104 municípios, em todos os nove estados nordestinos, haviam sido afetados pelo petróleo. Impactos na pesca e no turismo já são sentidos em todo o Nordeste. Em extensão, a contaminação por petróleo na costa nordestina constitui o maior desastre ambiental litorâneo da história do país.   



Características do óleo poluente

     O petróleo que atinge as praias nordestinas constitui um "óleo cru" (sem processamento) composto de hidrocarbonetos e outros produtos orgânicos altamente tóxicos (benzeno, tolueno, xileno, etc). O óleo apresenta alta densidade sendo transportado pelas correntes marítimas abaixo da superfície da água do mar. Assim, as manchas emergem já muito próximas da linha da costa, dificultando ações de limpeza e contenção. 


     Mancha de petróleo emergindo nas piscinas naturais de Maragogi (AL) 


     O óleo também apresenta alta viscosidade, aderindo à areia da praia, à vegetação dos mangues e aos recifes de corais. Essa característica dificulta sua remoção e potencializa seu tempo de permanência nos ambientes afetados.  


Alta viscosidade do óleo poluente. Acima: luva de voluntário impregnada de óleo. 
Abaixo: manchas de óleo na areia da praia 



     Os hidrocarbonetos constituintes do petróleo se manterão íntegros por muito tempo. Assim, sua degradação natural (resultante da rebentação das ondas, da irradiação solar, da ação de bactérias, etc) será muito lenta. Em áreas onde ocorreram outros derramamentos de petróleo, análises realizadas anos depois ainda apontavam alta toxidade. Partículas microscópicas de óleo, diluídas na água ou presentes na areia e na vegetação, podem ser inaladas ou absorvidas pelas plantas e animais permanecendo na cadeia alimentar marinha. Portanto, também no Nordeste brasileiro, a contaminação química estará presente muito tempo depois da degradação dos vestígios do petróleo.


Efeitos do poluente nos ecossistemas

     Os principais ecossistemas costeiros são formados por praias arenosas (formações de restingas, dunas, etc), estuários (ambiente de transição entre os rios e o mar), deltas (lugar onde um rio deságua), manguezais (terreno alagadiço à beira do mar ou rio), recifes de coral, etc. 
      Vários são os efeitos do óleo poluente nos ecossistemas costeiros. Também, é possível afirmar que esses efeitos estarão presentes nesses ecossistemas por décadas.    


a) Praias arenosas

     Ao atingir a orla das praias, o petróleo cru se adere à areia, aos costões rochosos e aos sedimentos. A areia impregnada de óleo fica viscosa e enegrecida. Com o passar dos dias, o óleo se mistura ainda mais com os sedimentos e as rochas. Espécies animais e vegetais que habitam águas rasas e praias são afetadas. Plânctons, bactérias e fungos são rapidamente contaminados. Peixes, mariscos, ostras, siris e caranguejos, que filtram a água e se alimentam nesses ambientes, acabam afetados ou mortos.
     Animais migratórios ou que transitam entre o mar e a praia também são contaminados. Diversas tartarugas marinhas da espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva) foram encontradas mortas ou extremamente debilitadas. Os animais resgatados apresentavam presença de óleo nas mucosas e nas cavidades nasais, orais e nos olhos.     

 
Biólogo tenta recuperar tartaruga-oliva contaminada pelo petróleo  


      Aves migratórias, que utilizam temporariamente o litoral nordestino, também foram afetadas pelo óleo. O Puffinus puffinus (furabucho) é uma ave conhecida pela longa migração. Um furabucho foi resgatado na Praia de Cumbuco, em Caucaia (CE), mas não resistiu. 

b) Manguezais 

     Os manguezais são ecossistemas de transição entre a terra e o mar presentes em regiões tropicais e subtropicais. Peixes, camarões, moluscos, caranguejos e outros animais habitam os manguezais. Esses ecossistemas realizam uma série de serviços ambientais, tais como retenção de sedimentos, filtragem biológica, prevenção da erosão e combate ao aquecimento global. Além disso, os manguezais representam um verdadeiro "berçário natural" para 70% a 80% das espécies marinhas de importância econômica.  



Petróleo em manguezal na praia de Tamandaré (PE)



     Ao chegar aos manguezais, o petróleo recobre as raízes e o caule das plantas, além dos animais que ali vivem. As plantas atingidas podem sofrer com a hipóxia (falta de oxigênio) e com o calor (diminuição da transpiração). Uma vez cobertas, as plantas podem deixar de realizar a fotossíntese e morrer. Já os animais, ao entrarem em contato com o óleo ou com as partículas dissolvidas, podem apresentar deformação de tecidos, órgãos e morte.   

c) Recifes de corais   

     Os recifes de corais são importantes pois uma em cada quatro espécies marinhas utiliza-os como locais de refúgio, alimentação e reprodução. Os recifes também absorvem gás carbônico (CO2) fixando-o em sua estrutura física e contribuindo para a diminuição do aquecimento global.  


Recifes de corais sustentam a biodiversidade marinha e evitam o aquecimento global


     O petróleo está chegando aos corais nordestinos principalmente pelo efeito da degradação. À medida que o óleo é degradado, ele se sedimenta e atinge seres fixos como as esponjas-do-mar e os corais. Os cnidários (animais que formam os recifes de corais) podem ser afetados pelo óleo principalmente na fase de pólipo (fase fixa).    
     Nos corais, a contaminação da microfauna (plânctons, ovos e larvas) pode resultar na acumulação dos poluentes na cadeia alimentar marinha. Assim, ocorre um fenômeno conhecido como Biomagnificação Trófica, representado pelo acúmulo progressivo de substâncias de um nível trófico para o outro. As partículas contaminantes vão apresentar maior concentração nos indivíduos que ocupam níveis tróficos mais distantes dos produtores. 

Considerações Finais

    Com o debate, os alunos do CEA conheceram um pouco mais sobre o desastre ambiental no litoral do Nordeste brasileiro e suas consequências. Além dos efeitos biológicos, os alunos apontaram as implicações para o turismo e o comércio da região. Também, refletiram sobre possíveis ações, aplicáveis no dia a dia, para diminuir nossa dependência dos derivados do petróleo.    


Fontes de Consulta 

https://istoe.com.br/oleo-no-nordeste-chega-a-409-numero-de-localidades-afetadas/
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/como-o-petroleo-impacta-os-recifes-de-corais/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50131560
https://oimparcial.com.br/cidades/2019/10/sobe-para-132-o-numero-de-praias-atingidas-por-manchas-de-oleo-no-pais/
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,oleo-afeta-mercado-de-pescado-e-estudo-da-ufba-alerta-sobre-contaminacao,70003061252
https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/10/06/animais-marinhos-agonizam-com-contaminacao-de-oleo-no-litoral-do-nordeste.htm
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/09/26/manchas-de-oleo-nas-praias-do-nordeste-ja-atingem-99-locais-ibama-diz-que-elas-tem-a-mesma-origem-e-nao-sao-do-brasil.ghtml
http://www.observatoriodoclima.eco.br/peixes-de-corais-sofrem-de-sindrome-de-dory/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50132770



terça-feira, 29 de outubro de 2019

DIA DO CERRADO NA EMBAIXADA DA BÉLGICA

    No dia 11 de setembro de 2019, o Clube de Estudo Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB) esteve presente na Embaixada da Bélgica para celebrar o Dia Nacional do Cerrado. O objetivo dessa atividade pedagógica foi conscientizar o público jovem, de várias escolas do Distrito Federal, sobre a necessidade de valorizar, respeitar e preservar o Bioma Cerrado.

Alunos do CEA/CMB e do Ensino Fundamental visitando a Embaixada da Bélgica

Alunos do CEA/CMB participando de uma atividade lúdico-pedagógica

O Cerrado

    O Cerrado, considerado a savana mais rica do mundo e o bioma mais antigo do Brasil (com aproximadamente 65 milhões de anos), possui 5% da biodiversidade mundial e cerca de 20 mil nascentes que contribuem para oito, das doze regiões hidrográficas brasileiras. O Cerrado é composto principalmente por formações savânicas, onde encontra-se uma fauna exuberante e uma flora delicada. Seu papel ecológico, bem como sua beleza cênica, é de grande importância para o equilíbrio dinâmico da biosfera brasileira.

Formação savânica do Bioma Cerrado

Impactos Ambientais no Cerrado

    Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Um dos impactos ambientais mais graves no bioma é causado pela remoção da vegetação natural (remoção e fragmentação de habitats) para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. 

Avanço de área agrícola no Bioma Cerrado
      
    Assim, as principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão vinculadas a essas duas atividades econômicas: a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia. Além da expansão agropecuária, outros fatores antropogênicos que vem colocando os ecossistemas do Cerrado em risco são: urbanização, abertura de estradas e caça ilegal.


Área de pasto no Bioma Cerrado


O caminho da Agroecologia 


    A vegetação original do Cerrado tem sido suprimida para tornar-se terra agrícola ou pasto. Surge, assim, uma pergunta: é possível produzir grãos, hortifrutigranjeiros e carnes, respeitando a biofuncionalidade ecológica do Cerrado? A resposta é sim! 

     A Embaixada da Bélgica exibiu, na tarde do dia 11 de setembro, o documentário "Pé na Terra", de Louise Amand e Fernando Fortuna. Essa cinematografia revela que muitos agricultores estão empreendendo uma transição para a agroecologia. 


Princípios de agroecologia praticados em sistema agroflorestal
  

  A agroecologia é uma forma de agricultura sustentável que agrega conhecimentos científicos e tradicionais. Essa agricultura incorpora questões sociais, culturais, ambientais e éticas. Em outras palavras, a agroecologia é uma forma de conhecimento que tenta transcender a lógica perversa do paradigma da degradação socioambiental. Essa lógica malfazeja tem incentivado a prática da monocultura, o emprego dos transgênicos, a utilização de fertilizantes e agrotóxicos industriais e, consequentemente, a perda da biodiversidade. 



Considerações Finais

    Os alunos do CEA afirmaram que a visita de estudos na Embaixada da Bélgica foi de grande valia cultural e acadêmica. Cultural por que tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre a Bélgica, país da Europa Ocidental. Acadêmica, pois adquiriram uma compreensão mais profunda sobre o Bioma Cerrado. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS E MEIO AMBIENTE

   No dia 30 de julho de 2019, a Analista Ambiental e Pesquisadora Tainah Corrêa Seabra Guimarães, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ministrou uma palestra para alunos do Clube de Estudos Ambientais (CEA), do Colégio Militar de Brasília (CMB), sobre espécies exóticas invasoras. Durante essa atividade de educação ambiental, os discentes puderam conhecer as definições de espécies exóticas e seus impactos ambientais, econômicos e sociais.

Palestra da Analista Ambiental e Pesquisadora Tainah Guimarães para alunos do CEA/CMB

   De acordo com a pesquisadora, uma
espécie exótica é definida como toda espécie introduzida fora de sua distribuição natural no passado ou no presente. No âmbito dessa definição, é incluída qualquer parte (gametas, sementes, ovos ou propágulos) dessas espécies que possam sobreviver e, consequentemente, se reproduzir. 

A pesquisadora apresentando a definição de espécie exótica


   Tainah Guimarães também explicou aos alunos que uma 
espécie exótica invasora são plantas, animais ou microrganismos que se encontram fora de seu habitat e se proliferam sem controle, trazendo riscos às espécies nativas e ao meio ambiente. A pesquisadora destacou que as espécies invasoras, ao não possuir inimigos naturais, predadores ou patógenos, apresentam vantagens competitivas e tendem a transformar e homogeneizar os ecossistemas.


Espécies exóticas invasoras ameaçam ecossistemas. 
 Fontehttp://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/4-destaques/6795-especies-exoticas-invasoras-ameacam-ecossistemas


   Segundo Tainah Guimarães, muitos são os fatores que potencializam a introdução e o estabelecimento desse tipo de espécie. Dentre eles, podemos citar: o tráfego de embarcações de outros países, o desmatamento e a degradação de áreas naturais, o intenso comércio internacional de plantas ornamentais e de animais de estimação, as mudanças climáticas, etc. Atualmente, as espécies exóticas invasoras estão entre as principais causas diretas de perda da biodiversidade e da extinção de espécies.


Tainah Guimarães recebendo o certificado de agradecimento do Colégio Militar, 
das mãos da Tenente Corrêa. 



Considerações finais
   A palestra da Analista Ambiental Tainah Guimarães, do ICMBio, foi muito importante para os alunos do Colégio Militar porquanto tiveram a singular oportunidade de conhecer a problemática das espécies exóticas invasoras. Os alunos também compreenderam que somente com uma adequada política ambiental é possível conter e mitigar os diversos prejuízos ambientais, sociais e econômicos causados por esses organismos.

sábado, 10 de agosto de 2019

UM DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR RECOMPENSADOR

No dia 9 de julho de 2019 o Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB) empreendeu uma atividade de educação ambiental no Parque Ecológico das Sucupiras, Sudoeste, Brasília, DF. Essa iniciativa pedagógica esteve sob a coordenação dos seguintes professores: Major Fraga (Biologia), Capitão Bexiga (Física) e professor Fernando (Artes). 


Alunos do CEA/CMB acompanhados pelos professores Fernando,
Major Fraga e Bexiga durante estudo de campo no Parque das Sucupiras
Os objetivos que nortearam essa ação docente foram: 

  • Interdisciplinarizar os saberes ambientais, físicos, astronômicos e artísticos;
  • Conscientizar os discentes sobre a importância ambiental do Bioma Cerado, bem como o papel significativo da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) para a preservação e conservação do cerrado localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental; 
  • Sensibilizar os alunos do CEA/CMB ante a magnitudiosa beleza e harmonia que vige no Cosmo.
O trabalho inicial ficou sob a responsabilidade do Major Fraga, coordenador do Clube de Estudos Ambientais. A sua tarefa foi de explicar para os alunos a importância ambiental do Bioma Cerrado. Na ocasião Fraga também fez questão de ressaltar os impactos ambientais negativos que o Bioma Cerrado vem sofrendo por conta da expansão da fronteira agropecuária e da exacerbação da especulação imobiliária sobre o espaço geográfico urbano. 
Após a fala do Major Fraga, quem assumiu a direção do estudo foi o professor Fernando, docente de Artes do Colégio Militar de Brasília. Inicialmente ele tangenciou sobre a criação do Parque das Sucupiras, 2005, e o surgimento  da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) em 2010, assim como sua finalidade socioambiental. Depois desse breve histórico, o professor de Artes, realizou uma atividade prática de Ilustração Científica, junto a área verde do Parque Ecológico.

Alunos empreendendo uma atividade artística de ilustração científica sob a égide do professor Fernando (ao fundo)
Aluno Bouças, pesquisador do CEA/CMB, participando com outros colegas da oficina de ilustração científica

Findada a prática de desenho científico houve uma pausa nas atividades para que os alunos e os professores pudessem tomar um lanche e socializar descontraidamente. Por volta das 19 horas as atividades foram reiniciadas sob a supervisão do capitão Bexiga, professor de Física e coordenador do Clube de Astronomia do Colégio Militar de Brasília. Preliminarmente, o professor Bexiga, entreteceu algumas considerações teóricas sobre o objeto de estudo da Astronomia, explicando que essa notável ciência natural estuda os corpos celestes e fenômenos que se originam fora da atmosfera da Terra. Ele pontuou igualmente que a Astronomia se preocupa com a evolução, a física, a química e o movimento de objetos celestes, bem como a formação e o desenvolvimento do universo. 
Ultimada a parte teórica sobre essa antiga ciência, o Capitão iniciou a prática observatória da abóbada celeste. Nessa atividade empírica os alunos tiveram a oportunidade de visualizarem no telescópio as estrelas duplas, os planetas Saturno, Júpiter, Vênus e o nosso satélite natural, a Lua. Também visualizaram alguns setores da nossa galáxia, Via Láctea. 

Capitão Vitor assestando o telescópio para que os alunos observem os corpos celestes

Considerações Finais
Esse estudo de campo colimou seus objetivos pedagógicos. Os alunos que participaram dessa atividade de educação ambiente tiveram a oportunidade de integrar os conhecimentos de Biologia, Ecologia, Arte, Física e Astronomia. Aprenderam que o Bioma Cerrado é reconhecido como a savana mais rica do mundo. Entenderam que a má gestão ambiental do Cerrado pode acarretar para as gerações presentes e futuros um passivo ambiental de trágicas consequências econômicas, sociais, culturais e ecológicas.
Na atividade artística, oficina de Ilustração Científica, desenvolveram um olhar mais profundo e sensível ante a estesia que a beleza cênica do cerrado oportuniza. 
A observação astronômica dos corpos celestes deixou uma marca indelével no psiquismo do discentes que participaram dessa atividade. Ficaram maravilhados por saber que na casa do Pai, Cosmo, existem infinitas moradas, incontáveis planetas e sóis, universos e quem sabe outras humanidades, que se encontram interligadas e interdependentes. 
Em síntese, compreenderam experencialmente o que afirmou certa feita Isaac Newton: "A maravilhosa disposição e harmonia do Universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Essa fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."



terça-feira, 6 de agosto de 2019

EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DA OBRA DE MACHADO DE ASSIS

    No dia 23 de julho, o Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB) empreendeu um estudo socioambiental à luz da crônica "Conversa de dois burros falantes", do escritor Machado de Assis. Essa Crônica foi publicada, pela 1ª vez, em 16/10/1892, na coluna "A Semana", do Jornal Gazeta de Notícias. Essa atividade interdisciplinar de Educação Ambiental (EA) foi conduzida magistralmente pelo Ten Marcos, docente de Língua Portuguesa e Literatura do CMB. Na ocasião, o distinto professor empreendeu considerações literárias, sociológicas e ambientais, a partir do apólogo de Machado de Assis.

Ten Marcos apresentando a crônica "Conversa de dois burros falantes", do escritor Machado de Assis.


Reflexões sociológicas e ambientais, a partir do apólogo machadiano


    Com esse debate sobre EA, ocorrido por meio da crônica "Conversa de dois burros falantes", os alunos do CEA puderam compreender como os modelos de desenvolvimento contemporâneo se apresentam muito distantes do ideário de desenvolvimento sustentável. A reflexão do Ten Marcos evidenciou que nem sempre modelos de desenvolvimento promovem inclusão social, bem-estar econômico e preservação dos recursos naturais. Com essa atividade pedagógica, os alunos também tiveram a oportunidade de perceber o quanto o conhecimento é interligado e interdependente. Nesse sentido, a EA é promotora de conhecimentos que dialogam entre si, proporcionando uma visão rica em possibilidades e significados. 





QUESTÃO PARA REFLEXÃO


    Estudamos nesse encontro inúmeros conceitos e temas relacionados com a temática socioambiental. Foi tangenciado pelos professores Marcos e Salomão, bem como por alguns alunos que participaram do debate, as diferenças entre desenvolvimento, progresso e crescimento econômico. Sobre esses temas comente a frase abaixo, segundo o que você entendeu no debate em torno da crônica "Conversa de dois burros falantes":

"O que faz sentido não é a distinção entre desenvolvimento econômico e crescimento econômico, mas entre crescimento econômico (ou desenvolvimento econômico), por um lado, e desenvolvimento humano ou progresso, por outro."




   Caso você queira subsidiar ainda mais sua reflexão, consulte:

http://www.scielo.br/pdf/ln/n93/03.pdf
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-que-e-desenvolvimento-sustentavel/