Alunos e alunas integrantes do clube de Estudos Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília participaram, no dia 31 de maio de 2017, de um Minicurso de Ilustração Científica. O evento ocorreu por iniciativa do Professor Fernando Lopes, da disciplina de Artes do 3º ano do Ensino Médio. O curso foi ministrado pelo Prof. Dr. Marcos Ferraz, Biólogo do Núcleo de Ilustração Científica da Universidade de Brasília (NICBio).
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Prof. Dr Marcos Ferraz (UnB) e professor Fernando Lopes com os alunos do CEA |
Na ocasião, os alunos aprenderam técnicas iniciais de representação de material biológico utilizando modelos do acervo do Laboratório de Biologia do CMB. Também, aprenderam a confeccionar um caderno para anotações de campo e conheceram ilustrações em nanquim e aquarela para divulgação no meio científico.
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Prática do minicurso de Ilustração Científica no Laboratório de Biologia sob a supervisão do Major Fraga e Prof Marcos |
Na segunda parte do Curso, os alunos visitarão o Parque das Sucupiras, Parque Urbano do Distrito Federal, visando à observação de material biológico de espécies nativas do Cerrado para sua posterior ilustração. Os trabalhos desenvolvidos nessa oficina serão apresentados em Exposição Conjunta do Núcleo de Artes do Colégio Militar de Brasília e do Clube de Estudos Ambientais.
Arte e ciência
O conhecimento pode ser comparado a uma árvore com infinitos ramos e folhas. É impossível ao ser humano abarcar toda a realidade fenomênica em sua plenitude. Seria como desejar que uma molécula de água descrevesse a magnificência do oceano. A mente humana quando comparada ao Sol da Mente Cósmica não passa de uma insignificante e pálida centelha.
Daí o imperativo de recortar, fragmentar, compartimentar, fracionar e pulverizar a realidade sensível ou intangível para que possamos compreendê-la com mais acerto e substancialidade. O único cuidado que devemos ter nesse recortar do mundo, é o fato de não se perder no labirinto da hiper especialização e perder o visão do todo e a perspectiva orgânica.
Nessa atividade interdisciplinar de "Ilustração Científica", foi possível mostrar aos alunos que a Arte e a Ciência não constituem saberes dicotômicos, excludentes. É possível sim, que é possível integrar razão com emoção, cérebro e coração, objetividade e subjetividade, ciência e arte, pesquisa e sensibilidade.
Concordamos com o pensamento de Massarani e Moreira (2006), quando afirmam que:
"tanto a ciência quanto a arte se "nutrem-se do mesmo húmus, a curiosidade humana, a criatividade, o desejo de experimentar. Ambas são condicionadas por sua história e seu contexto. Ambas estão imersas na cultura, mas imaginam e agem sobre o mundo com olhares, objetivos e meios diversos. O fazer artístico e o científico constituem duas faces da ação e do pensamento humanos, faces complementares mas mediadas por tensões e descompassos, que podem gerar o novo, o aprimoramento mútuo e afirmação humanística."
Em substância, essa experiência pedagógica de "Ilustração Científica" foi significativamente fecunda, pois oportunizou aos discente do Clube de estudos Ambientais uma visão de que sustentabilidade em seu aspecto mais amplo, não pode se eximir de uma dialogia interdisciplinar entre a arte e a ciência. E nesse particular vale a pena relembrar a figura mítica e extraordinária do polímato Leonardo da Vinci. Esse notável homem renascentista soube integralizar magistralmente, ciência e arte, religião e espiritualidade.
REFERÊNCIAS
Massarani, L. e Moreira, I.C. Por que um diálogo entre ciência e arte? História, Ciência, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro,2006.
Lanni, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo social - USP, 2004.
Ferreira, F.R. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n.1, p. 261-280, jan./abr.2010.
Daí o imperativo de recortar, fragmentar, compartimentar, fracionar e pulverizar a realidade sensível ou intangível para que possamos compreendê-la com mais acerto e substancialidade. O único cuidado que devemos ter nesse recortar do mundo, é o fato de não se perder no labirinto da hiper especialização e perder o visão do todo e a perspectiva orgânica.
Nessa atividade interdisciplinar de "Ilustração Científica", foi possível mostrar aos alunos que a Arte e a Ciência não constituem saberes dicotômicos, excludentes. É possível sim, que é possível integrar razão com emoção, cérebro e coração, objetividade e subjetividade, ciência e arte, pesquisa e sensibilidade.
Concordamos com o pensamento de Massarani e Moreira (2006), quando afirmam que:
"tanto a ciência quanto a arte se "nutrem-se do mesmo húmus, a curiosidade humana, a criatividade, o desejo de experimentar. Ambas são condicionadas por sua história e seu contexto. Ambas estão imersas na cultura, mas imaginam e agem sobre o mundo com olhares, objetivos e meios diversos. O fazer artístico e o científico constituem duas faces da ação e do pensamento humanos, faces complementares mas mediadas por tensões e descompassos, que podem gerar o novo, o aprimoramento mútuo e afirmação humanística."
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Em substância, essa experiência pedagógica de "Ilustração Científica" foi significativamente fecunda, pois oportunizou aos discente do Clube de estudos Ambientais uma visão de que sustentabilidade em seu aspecto mais amplo, não pode se eximir de uma dialogia interdisciplinar entre a arte e a ciência. E nesse particular vale a pena relembrar a figura mítica e extraordinária do polímato Leonardo da Vinci. Esse notável homem renascentista soube integralizar magistralmente, ciência e arte, religião e espiritualidade.
REFERÊNCIAS
Massarani, L. e Moreira, I.C. Por que um diálogo entre ciência e arte? História, Ciência, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro,2006.
Lanni, O. Variações sobre arte e ciência. Tempo social - USP, 2004.
Ferreira, F.R. Ciência e arte: investigações sobre identidades, diferenças e diálogos. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n.1, p. 261-280, jan./abr.2010.