CMB

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Término do projeto de gestão ambiental "Erva-de-passarinho I"

Durante o 2º semestre de 2015,  o Clube de Ciências Socioambientais empreendeu inúmeros projetos voltados para o campo da sustentabilidade ambiental. Dentre eles, merece destaque o projeto de gestão ambiental "MANEJO SUSTENTÁVEL DA FITOPARASITA ERVA-DE-PASSARINHO NO ÂMBITO DO PATRIMÔNIO ARBÓREO DO COLÉGIO MILITAR DE BRASÍLIA"
Esse projeto de pesquisa foi arquitetado e coordenado pelo professor Salomão - Biólogo e Mestre em Desenvolvimento Sustentável - e executado pelos alunos que integram o quadro de associados do Clube de Ciências Socioambientais. 

Alunos do Clube de Ciências Socioambientais
 planejando a execução do projeto

Para facilitar a viabilização desse programa de gestão ambiental, deliberamos fragmentá-lo em quatro partes:


  • 1ª - Conhecimento in loco do objeto de pesquisa.

Os alunos foram convidados a empreenderem uma visita ao Pátio das Forças Armadas, com o propósito de obterem um conhecimento prévio das plantas que estavam sendo parasitadas pela erva-de-passarinho. Durante essa excursão ao jardim botânico do referido parque, os discentes foram solicitados a olharem a copa das árvores com o objetivo de identificarem a presença de alguma erva-de-passarinho instalada. No primeiro momento todos tiveram dificuldades, de vez que, nenhum aluno tinha conhecimento dessa parasita. Entretanto, após o professor Salomão, mostrar algumas espécimes, todos os alunos conseguiram diferenciar uma planta sadia de uma infestada pela fitoparasita. É importante destacar, que alguns alunos afirmaram ter visto essa "planta" em outros sítios do Distrito Federal, mas nunca imaginavam que ela pudesse oferecer algum perigo a sua hospedeira.


Alunos aprendendo a identificar a erva-de-passarinho



  • 2ª - Coleta de dados

Nessa fase os discentes foram orientados a empreenderem uma pesquisa bibliográfica sobre os aspectos biológicos e ecológicos da erva-de-passarinho. Esse momento foi de significativa relevância, uma vez que os alunos puderam tomar conhecimento da anatomofisiologia e reprodução da erva-de-passarinho, assim como, sua interação ecológica com as plantas hospedeiras e os demais seres bióticos que integram a teia da vida na qual ela está inserida.

Erva-de-passarinho parasitando uma hospedeira


  • 3ª - Quantificação e diagnose

Após os alunos adquirem um conhecimento mais profundo da bioecologia da erva-de-passarinho, foi realizado um novo estudo de campo, com o objetivo de quantificar a população arborícola presente no Pátio das Forças Armadas. Foram contabilizadas ao todo 76 árvores, sendo que desse universo 40% estavam contaminadas pela fitoparasita. Esse grau de contaminação, é preocupante, de vez que o patrimônio arbóreo do Colégio Militar de Brasília é composto por quase 1000 árvores de médio e grande porte. 
A erva-de-passarinho durante seu processo reprodutivo floresce de forma muito abundante. Essas flores com o tempo se transformam em frutos coloridos e saborosos. Algumas aves (daí advém o nome erva-de-passarinho), ao se alimentarem desses frutos acabam sendo disseminadoras dessa parasitose vegetal, perpetuando assim o ciclo de contaminação. 


Além da quantificação foi realizado igualmente um exame do estado morfológico das plantas contaminadas. Constatou-se, que um número apreciável de hospedeiras exibiam em seus ramos e copas sinais característicos de adoecimento, tais como galhos secos, perda significativa das folhas e desvitalização.


  • 4ª - Erradicação

Após o diagnóstico empreendido pelos discentes, confeccionou-se um relatório sucinto da real situação das plantas que integram o jardim botânico do Pátio das Forças Armadas. o qual foi vocalizado ao Comandante do Colégio Militar de Brasília. Preocupado com a gravidade do problema - alto grau de infestação do parque arbóreo pela fitoparasita erva-de-passarinho - , o Diretor do Colégio, determinou que o Clube de Ciências Socioambientais, acionasse os setores administrativos do CMB para que a 4ª fase do projeto fosse viabilizada de forma exitosa. Nessa etapa, iniciou-se a poda das árvores que se encontravam contaminadas. Algumas árvores experimentaram a poda de apenas algumas partes da copa. Outras, porém, tiveram que ser totalmente podadas, de vez que seus galhos estavam exibindo alto índice de contaminação pelos ramos parasitários da erva-de-passarinho. 



Professor Salomão destacando
a erva-de-passarinho aderida
 ao galho de uma planta hospedeira




Conclusão

Já decorreram quase trinta dias de execução da última fase. Das  20 árvores que sofreram poda total, 16 já estão brotando novamente. O período das chuvas mais constantes aqui no DF tem potencializado esse brotamento. O Clube de Ciências Socioambientais está monitorando semanalmente as árvores do Pátio das Forças Armadas. Do ponto de vista ambiental e pedagógico, esse projeto foi muito importante, porquanto facultou aos alunos:

  • conhecimento mais amplo da fitoparasita erva-de-passarinho;
  • trabalho sinérgico em grupo;
  • operacionalização do método científico;
  • entendimento sobre a dinâmica das relações ecológicas;
  • consciência socioambiental crítica e intervencionista.

Energia eólica no Brasil

sábado, 21 de novembro de 2015

Energia Eólica e sua importância para a sustentabilidade socioambiental

Uma outra pesquisa que se notabilizou na Feira de Ciências do Colégio Militar de Brasília, no dia 28 de outubro de 2015, e que despertou o interesse do Clube de Ciências Socioambientais, foi o trabalho que enalteceu o valor da energia eólica para a sustentabilidade ambiental. O grupo constituído pelas alunas (6º ano do Ensino Fundamental), Angonese, Vívian Maria, Juliana Gavião, Rebeca Germano, Juliana Scheidt e Cecília Fattori empreenderam uma apresentação bastante instrutiva e entusiástica.  


Merece igualmente destaque nessa apresentação o modelo experimental de uma turbina eólica transmutando a energia do vento em elétrica, a qual por sua vez é utilizada para acender uma lâmpada. 

Energia eólica
É aquela gerada pelo vento.




Ontem e hoje
Desde a antiguidade a energia eólica é utilizada pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente esse tipo de energia, embora pouco utilizada, é considerada uma importante fonte energética limpa, isto é, não gera poluentes e não causa causa impactos ambientais negativos.


Como é gerada
Grandes turbinas (aerogeradores), em formato de cata vento, são colocadas em locais abertos e com boa quantidade de vento. Quando o cata vento se movimenta, um gerador é acionado para produzir energia elétrica, a qual será posteriormente utilizada de variadas maneiras. 





Principais vantagens 

  • É uma tecnologia inesgotável;
  • Não emite gases poluentes e nem gera resíduos;
  • Reduz a emissão de gases de efeito estufa (GEE);
  • Os parques eólicos podem ser utilizados para outros meios, como a agricultura e a criação de gado;
  • É uma das fontes mais baratas de energia, podendo competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais;
  • Não requer manutenção frequente, uma vez que sua revisão é semestral;
  • Em menos de seis meses o aerogerador recupera a energia que foi gasta para ser fabricado; 
  • Etc.


Suas desvantagens

  • Como é preciso um fenômeno da natureza para funcionar, às vezes a energia não é gerada em momentos necessários, o que torna difícil a integração da produção dessa tecnologia;
  • Pode ser superada pelas pilhas de combustível (H2) ou pela técnica da bombagem hidroelétrica;
  • Os parques eólicos geram um grande impacto visual devido aos aerogeradores;
  • Causa impacto sonoro, pois o vento bate nas pás produzindo um ruído constante, tornando necessário que as habitações mais próximas estejam no mínimo a 200 metros de distância;
  • Pode afetar o comportamento habitual de migração das aves;
  • Etc.


A História da Agricultura e a Economia Verde

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Solo, agricultura e sedentarização do homem


No dia 28 de outubro de 2015, na Feira de  Ciências do Colégio Militar de Brasilia, as alunas do 6º Ano do Ensino Fundamental, Milena Mello e Júlia Weber, apresentaram um trabalho teórico e experimental a respeito do solo. 

Maquete ilustrativa do solo e sua relação
 com a evolução da sociedade humana

Na ocasião, as discentes expuseram de forma didática e bastante instrutiva o processo de formação do solo, assim como seus horizontes e características físicas, biológicas e químicas. Igualmente, teceram significativos comentários a respeito de como se deve utilizar sustentavelmente o solo, de forma a obter uma maior produtividade sem contudo, impactá-lo negativamente.
Um outro aspecto não menos importante, que o grupo expôs, foi a relação do solo com a agricultura e esta com a sedentarização do homem pré-histórico.  

Pesquisadoras mirins da 6ª Cia

De acordo com esses pesquisadores mirins, o homem do paleolítico ou pedra lascada, era nômade, caçador, pescador e coletor. No entanto com o desenvolvimento da agricultura, o ser humano passou a ter uma vida menos dependente da natureza. Não necessitava mais coletar frutos, vegetais e raízes. Aliada a agricultura, a domesticação de animais (cabras, bois, porcos, cavalos e aves) permitiu ao ao homem uma aumento expressivo na quantidade de produção de alimentos.
Homens do neolítico praticando a agricultura
Em decorrência do desenvolvimento da agricultura e domesticação dos animais, o ser humano, deixou de ser nômade (sem moradia fixa) para tornar-se sedentário (com moradia fixa). Este fato permitiu o desenvolvimento das primeiras comunidades - tribos, aldeias, vilas e cidades. Estas primeiras comunidades desenvolveram-se as margens dos rios e lagos. Além de suprir as necessidades básicas, a água assumia uma nova função na vida dos homens: irrigar o solo para o plantio.
Com o aumento na produção de alimentos, ocorreu a geração de excedentes. Além de armazenarem para os períodos de maior necessidade, os homens começaram a trocar esses produtos com outras comunidades. Foi o inicio da economia de trocas, isto é do comércio.