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domingo, 29 de julho de 2018

Treinamento de Aproveitamento Integral de Alimentos - SENAC/DF

A Semana do Meio Ambiente do Colégio Militar de Brasília, contemplou, em sua programação, um tema ambiental que tem preocupado sobremaneira a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura), agência especializada do Sistema ONU que trabalha no combate à fome e à pobreza. De acordo com  esse órgão, 54% do desperdício de alimentos no mundo ocorre na fase inicial da produção, que são a manipulação pós-colheita e a armazenagem. Os outros 46% do desperdício, de acordo com a mesma fonte, ocorrem nos períodos de processamento, distribuição e consumo. 
Preocupado com essa magna questão, o Clube de Estudos Ambientais do CMB (CEA-CMB), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC/DF), um Treinamento de Aproveitamento Integral de Alimentos. Essa atividade de capacitação foi realizada com o apoio do Rancho do CMB.


Participantes (Maria, Miquéias, Joaquina, Lúcia, Matilde e Fátima)
 do treinamento voltado para o aproveitamento integral de alimentos

Nesse treinamento, foram apresentadas opções de usos para cascas, folhas, talos, entrecascas, sementes e polpas vegetais que costumam ser descartadas no preparo da alimentação. No entanto, essa perspectiva vem mudando substancialmente, pois partes de alimentos vegetais, antes consideradas desprezíveis (tais como cascas de banana e abóbora, sementes de abóbora, entrecascas de maracujá, etc) têm sido muito utilizadas na gastronomia atual. O Treinamento do SENAC apresentou às participantes possibilidades de inúmeras destinações e preparos dessas partes vegetais (sucos, petiscos, massas, cozidos, bolos e doces), tendo como resultados pratos saborosos, econômicos e muito nutritivos.  

Instrutora do Senac lecionando para as treinandas
Desperdício de alimentos, uma triste realidade
O desperdício de alimentos atinge um terço de toda comida produzida no mundo. A produção em excesso e os transporte são fatores que mais concorrem intensificar esse problema. Há também o desperdício de alimentos na cozinha da nossa casa, dos restaurantes, etc. A Europa sozinha desperdiça 222 milhões de toneladas de alimentos, o equivalente a toda produção de alimentos da África Subsariana. Existe uma perda de 37% a 80% da produção de arroz no Leste Asiático. Na Índia, 20 milhões de toneladas de trigo são perdidas por sistemas de abastecimento e distribuição impróprio. No Reino Unido, 30% da colheita é rejeitada por não atingir as expectativas do mercado quanto a suas características físicas, e sete milhões de toneladas de alimentos são descartados pelo mesmo motivo. 

Gráfico do desperdício de alimentos no mundo
(http://poscolheita.cnpdia.embrapa.br)
Atualmente, o Brasil descarta aproximadamente 41 toneladas de alimentos, por dia, o que o coloca entre os 10 principais países que desperdiçam comida. Entre os produtos mais desperdiçados estão as frutas, hortaliças, raízes e tubérculos.

http://www.asiacomentada.com.br/2018/01/sistema-tenta-reduzir-o-desperdcio-de-alimentos-no-japo/

Considerações finais
O impacto do desperdício alimentar, tem ocasionado uma grande pegada ecológica. Tal fato, tem afetado negativamente o clima, os recursos hídricos, o solo, a biodiversidade, a economia e até mesmo a saúde pública. Esse Treinamento de Aproveitamento Integral de Alimentos foi importante não somente em termos da reutilização das sobras alimentícias, mas também pelo despertar que provocou na consciência de todos os participantes. Não falta alimento no mundo, o que falta é uma melhor gestão da cadeia produtiva de alimento. Entende-se por cadeia produtiva, o conjunto de etapas que englobam o plantio, a colheita, o transporte, a industrialização, o mercado e o consumo final do alimento.

http://www.impactounesp.com.br/2017/03/como-diminuir-desperdicio-de-alimentos.html
Num mundo sustentável  e sustentado, seres humanos não morrem de fome ou adquirem enfermidades resultantes da desnutrição. Numa sociedade economicamente viável, socialmente justa, ambientalmente correta e dotada de uma espiritualidade sadia, nenhuma pessoa vai a óbito ou adoece pela carência de alimentos, pois todo o alimento que sai do campo chega a mesa do consumidor com qualidade e sem desperdício. 
O Treinamento de Aproveitamento Integral de Alimentos, patrocinado pelo SENAC/DF, foi excelente. Todos aqueles que participaram desse interessante evento, intimamente, não são mais os mesmos. Não são mais os mesmos, porque adquiriram uma consciência ambiental mais ampla, no que concerne ao impactos ambientais causados pelo desperdício de alimentos. 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

O Exército Brasileiro e o Meio Ambiente

Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) dignificou a Semana do Meio Ambiente do Colégio Militar de Brasília, com uma excelente palestra sobre Gestão Ambiental e Patrimonial das Áreas Militares.  Na ocasião a Tenente Ana Paula Gomes de Castro e o Servidor Civil André César Furlaneto Sampaio, entreteceram diversas considerações sobre o significativo papel da DPIMA no âmbito do Exército, do meio ambiente e da sociedade. 


Major Fraga, Ten Ana Paula e SC André César


De acordo com os palestrantes, a DPIMA é um órgão de apoio técnico-normativo-consultivo do Departamento de Engenharia e Construção (DEC), que tem por finalidade superintender as atividades relacionadas com a administração dos bens imóveis da União jurisdicionados ao Comando do Exército. Além disso, atividades militares de grande vulto (grandes obras e operações) que possam causar algum tipo de impacto ambiental, são supervisionadas pelos técnicos e gestores ambientais da DPIMA. 
Por impacto ambiental entende-se qualquer processo que diminua a capacidade de determinado ecossistema em sustentar a vida. O impacto ambiental traduz-se em alterações biofísicas que afetam o equilíbrio ambiental, com possibilidade de modificar a fauna e flora naturais e causar perda da biodiversidade e outros impactos ambientais negativos. Ao promover uma gestão ambiental sustentável em suas atividades administrativas e operacionais, o Exército Brasileiro tem contribuído significativamente para  a consecução de uma sociedade sustentável e sustentada. A palestra da DPIMA não somente despertou nos alunos o respeito e o cuidado que devemos ter para com o meio ambiente, como também acordou em todos nós, o sentimento de respeito que devemos ter para com o nosso Exército.
Enquanto muitas mentalidades se preocupam unicamente em privatizar os lucros oriundos da exploração dos recursos naturais e socializar os prejuízos da degradação ambiental, o Exército Brasileiro, cônscio de sua responsabilidade constitucional, institucional e social, procura preservar e conservar a viabilidade do meio ambiente para a presente e futuras gerações. Segue abaixo, uma diminuta amostra do que o Exército Brasileiro vem fazendo, por meio do Comando Militar da Amazônia, pelo meio ambiente e por conseguinte pelo bem de toda a sociedade. 





segunda-feira, 16 de julho de 2018

Esgoto clandestino no Lago Paranoá e seus impactos no ecossistema natural e urbano

A professora Maria Inês Barreto, mestre em Química Medicinal, proferiu uma interessante palestra aos alunos do 7º Ano do Fundamental. A temática abordada, pela notável professora, durante a 1ª Semana do Meio Ambiente do Colégio Militar de Brasília, foi: esgoto clandestino no Lago Paranoá e seus impactos no ecossistema natural e urbano.


Professora Maria Inês





























Considerações finais
A palestra da professora Maria Inês surpreendeu todos os alunos não somente por sua didática, mas também pelo entusiamo e pela dinamicidade com que explanou o conteúdo. De forma objetiva e simples, mas sem perder a cientificidade que o tema exigia, a Mestre em Química Medicinal abordou o tema eutrofização com domínio e elegância. Na ocasião, a professora Inês explicou a importância ambiental (social, econômica, ecológica, cultural, etc.) do Lago Paranoá, bem como os impactos que o mesmo vem sofrendo em virtude do processo de eutrofização desencadeado pelos esgotos clandestinos. Ficou visível, no semblante dos discentes, que a expositiva da professora foi muito produtiva em termos de conhecimentos relacionados com a Biologia, a fFsica e a Química da eutrofização natural e antrópica. 
Em resumo, poder-se-ia afirmar que a temática supracitada concorreu para que os alunos adquirissem uma maior compreensão da dinâmica biótica e abiótica do ecossistema do Lago Paranoá. Igualmente, foi possível perceber que os discentes entenderam quão insustentável é, a prática de jogar esgotos no Lago Paranoá, sem tratamento prévio pelas ETEs.