Objetivos propostos: fomentar uma Educação Ambiental promotora da formação de valores, atitudes e habilidades voltadas para ações individuais e coletivas, em prol do meio ambiente; despertar o interesse para a identificação, prevenção e solução dos problemas ambientais; estudar o meio ambiente em sua totalidade, considerando os meios natural, socioeconômico e cultural, sob o enfoque da sustentabilidade. Horário: encontros quinzenais (às quartas-feiras). Local das reuniões: Anfiteatros do CMB.
CMB

segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Uma análise do vídeo "Como os lobos mudam os rios" por Rafael Araujo
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Aluno Rafael Araujo (CEA), turma 105 |
Notou-se
que apesar de os lobos matarem muitas espécies de animais, eles também
dão vida a muitas outras. Após um longo período sem os lobos, o número
de cervos e veados cresceu quase que exponencialmente (devido a falta de
predadores), e como essas espécies viviam da pastagem, isso acabou
reduzindo a vegetação local. Entretanto, com o retorno dos lobos, foi
possível constatar a grande influência que eles exercem no habitat,
visto que eles acabaram não apenas controlando a população de cervos e
veados, mas alterando também o comportamento dos mesmo, porquanto esses
herbívoros evitavam certas áreas do Parque com medo dos lobos.
Com
o perpassar dos anos foi possível verificar que em pouco tempo, esses
locais começaram a se renovar, por meio do surgimento de florestas e
matas. Como resultado disso, inúmeras espécies como pássaros e castores.
Esses "engenheiros do ecossistema", criam lares para outros animais
construindo represas, as quais proporcionam um habitat para lontras,
patos, peixes, répteis e anfíbios. Além disso, os lobos predam coiotes,
o que fez com que a população de de coelhos e camundongos crescem,
atraindo falcões, raposas, corvos e águias. Tudo isso ocorreu devido ao
retorno dos lobos ao Parque.
Não
obstante a tudo isso, o mais interessante de toda essa fenomenologia
ecológica é a que diz respeito a capacidade dos lobos de mudarem o curso
dos rios. Por causa da regeneração das florestas, os rios puderam
seguir seu curso com mais facilidade, e com a vegetação florescendo nos
vales, o solo se tornou mais fortalecido. Em decorrência disso, os rios
começaram a desviar menos, pois a vegetação estabilizou a erosão. Além
disso, os canais se estreitaram, mais piscinas naturais e cascatas
foram formadas, o que redundou no ressurgimento da vida selvagem em toda
sua plenitude.
Em
resumo, podemos afirmar que os lobos, mesmo em pequeno número,
conseguiram não apenas transformar a geografia física,
mas igualmente a paisagem natural do Parque Yelowstone, restabelecendo desse modo o delicado equilíbrio
dinâmico da teia da vida. Todos os seres vivos estão interligados e
interdependentes entre si. Se um nó dessa teia for subtraído ou afetado
negativamente, todo um ecossistema de milhões de anos de evolução,
poderá entrar em fragoroso colapso. E não é apenas os seres vivos que
sofrerão as consequências, mas a civilização humana, visto que a
economia é totalmente dependente da ecologia. Um exemplo que ilustra a nossa assertiva foi o colapso socioambiental da Ilha de Páscoa, ilha da Polinésia oriental, localizada no Oceano Pacífico.
sábado, 12 de agosto de 2017
Estudo de campo no Parque das Sucupiras
No dia 14 de Junho de 2017, o Clube de Estudos Ambientais (CEA), empreendeu uma atividade pedagógica de Educação Ambiental no Parque Ecológico Das Sucupiras, Sudoeste, Brasília-DF, com o objetivo de conhecer os aspectos socioambientais do mesmo. Na ocasião foi realizada igualmente uma oficina de pintura, sob a coordenação do professor Fernando Lopes, docente da cadeira de Artes do Colégio Militar de Brasília. Essa atividade foi a concretização de um minicurso teórico prático de Ilustração Científica, promovido pelo Prof. Dr. Marcos Ferraz, Biólogo do Núcleo de Ilustração científica da Universidade de Brasília (NICBio).
Histórico
O Parque Ecológico das Sucupiras, foi criado em 2005 e se encontra localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental. Ele protege 25 hectares de uma das maiores manchas preservadas de cerrado na área tombada. Dentro desse contexto, um fato que merece destaque é que desde 2010, os moradores do Setor Sudoeste, por meio da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) vem se dedicando a um trabalho de preservação ambiental e manutenção da qualidade de vida da região. Essa importante organização civil, também têm se mobilizado contra a construção da quadra 500. O presidente da Associação Parque Ecológico das Sucupiras, Fernando Lopes, bem como os demais integrantes, tem proposto que essa região seja preservada e incorporada à do Parque.
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Professor Fernando Lopes instruindo os alunos acerca dos aspectos biológicos, cênicos, econômicos, sociais e ecológicos do Parque das Sucupiras |
Histórico
O Parque Ecológico das Sucupiras, foi criado em 2005 e se encontra localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental. Ele protege 25 hectares de uma das maiores manchas preservadas de cerrado na área tombada. Dentro desse contexto, um fato que merece destaque é que desde 2010, os moradores do Setor Sudoeste, por meio da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) vem se dedicando a um trabalho de preservação ambiental e manutenção da qualidade de vida da região. Essa importante organização civil, também têm se mobilizado contra a construção da quadra 500. O presidente da Associação Parque Ecológico das Sucupiras, Fernando Lopes, bem como os demais integrantes, tem proposto que essa região seja preservada e incorporada à do Parque.
A quadra 500 é um projeto feito para uma área que não poderia ser ocupada, porquanto não atende não atende os requisitos de uma Superquadra, visto que devastará importante área do cerrado nativo remanescente no Plano Piloto. Além disso, essa ocupação irá causar um impacto ambiental extremamente negativo no já caótico trânsito do Setor Sudoeste, bem como no consumo de água, produção de lixo e esgotos e perda da biodiversidade botânica e zoológica desse importa bioma.
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https://urbanistasporbrasilia.wordpress.com/2015/05/19 |
Associação do Parque Ecológico das Sucupiras
A Associação Parque Ecológico das Sucupiras, (Apes) é uma organização civil que luta pela preservação do cerrado na área da Marinha localizada no Setor Sudoeste, em Brasília - DF, tem como reivindicação principal a incorporação dessa área ao Parque das Sucupiras. Durante
os últimos meses, a Apes, o Instituto Histórico e Geográfico do DF e a Pró-Federação de Entidades em Defesa do DF tem acompanhado de perto os processos em discussão no TCDF e no TRF. Houve uma vitória inicial no TCDF, com a manutenção da proibição da quadra 500. Infelizmente, apesar de tantas provas que demonstram ilegalidades no projeto da Quadra 500, a 6ª Turma do TRF da 1ª Região decidiu em 19 de maio de 20015 que a construção da Quadra 500 do Setor Sudoeste não viola o Conjunto Urbanístico de Brasília. Se trata de uma decisão que desconsiderou flagrantemente o valor legal e urbanístico do documento Brasília revisitada e do Decreto 10.829/1987.
O momento é de grande risco, pois a decisão a favor da construtora se baseia em uma perícia inconsistente, que questionou inclusive a validade do próprio documento Brasília Revisitada, em uma nítida manobra que demonstra o poder dos interesses econômicos, sua capacidade de deturpar e interpretar a lei a seu favor. Diante desse perigoso quadro, a Associação Parque Ecológico das Sucupiras tem empreendido inúmeros atos de manifestação pública em defesa da legitimidade e pela preservação do cerrado na área que pertenceu à Marinha, onde se pretende implantar a SQSW 500.
A manifestação pública é o maior triunfo para fazer valer sua voz. É preciso mudar as condições politicas que ainda permitem às empreiteiras continuar impondo seus interesses, acima da lei e do interesse maior da coletividade (https://urbanistasporbrasilia.wordpress.com).
Cerrado
O alto índice de desmatamento do cerrado, segundo maior bioma do Brasil, preocupa cada dia mais os ambientalistas. De 2002 a 2008, 1% do cerrado desapareceu por ano — o que representa um total de 127.560km² de área devastada. Alguns estudiosos chegam a arriscar que, se for mantido o atual ritmo acelerado de destruição, o bioma tende a desaparecer dentro de 50 anos. Desde o início da construção de Brasília, na década de 1950, cerca de 68% do cerrado desapareceram do mapa. A esperança dos especialistas está nas 53 unidades de conservação espalhadas pelo território nacional. O problema é que elas representam apenas 7% do total de 2.039.386 km² do bioma. A saída é, então, desenvolver ações criativas para impedir um futuro pior.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o DF é a unidade da Federação que menos desmatou o cerrado nos últimos seis anos. E é a única que no país que tem 93% do território protegido contra desmatamento. Fotos tiradas de satélites e o trabalho de ambientalistas mostram, no entanto, uma realidade diferente. Com a devastação em grande escala, cerca de 12 mil espécies de plantas, 320 mil de animais e as principais bacias hidrográficas do Brasil correm perigo. Os números são preocupantes, mas levantamentos como este são necessários para atualizar o mapa da devastação do bioma no país e, a partir daí, definir as metas para recuperar o tempo perdido.
O que dizem os especialistas
O chefe do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e professor do Departamento de Ecologia da UnB, Bráulio Ferreira de Souza Dias, empreendeu uma pesquisa para estudar o mapa de devastação do Cerrado. A primeira análise, realizada em 2002 com ajuda de imagens capturadas por dois satélites, mostrou que 41,9% do ecossistema estava destruído. Naquela época, blocos de 40 hectares de terra passaram pela pesquisa. Em 2008, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) voltou à região, que abrange 11 estados e o Distrito Federal, para detalhar a pesquisa. O resultado: 127.560 km² a menos de cerrado. “Se continuarmos neste ritmo, vamos ficar apenas com as unidades de conservação do bioma, que alcança 7% de todo o cerrado. Destes, apenas 2,5% têm garantias de conservação integral. É insuficiente para garantir a biodiversidade do cerrado”, explicou Bráulio.
A doutora em biologia animal da UnB Keila Macfadem ressaltou a preocupação em relação aos animais do cerrado. Segundo ela, 10 espécies de mamíferos do bioma correm risco de desaparecer em 50 anos se não foram desenvolvidas políticas ambientais para impedir a devastação. Com a proliferação das áreas urbanas ou ainda de campos de plantação e criação de gado, as unidades de conservação ficaram afastadas umas das outras. Outro fato recorrente é o fechamento dos corredores ecológicos, que permitem a circulação dos bichos entre as áreas protegidas. Dessa forma, os animais têm dificuldades para procriar. O tatu-canastra, por exemplo, foi encontrado apenas no Parque da Água Mineral. E as antas só vivem no Parque Nacional ou na Estação Ecológica de Águas Emendadas.
Como consequência, os animais são obrigados a correr o risco em estradas, comer lixo em áreas próximas às cidades e ainda se proteger de animais urbanos, como cachorros. Para desenvolver a pesquisa, Keila Macfadem analisou 35 espécies de mamíferos na região. Para compreender a rotina e aprender sobre a vida dos bichos, ela instalou de 70 câmeras fotográficas em pontos estratégicos de três áreas de conservação ambiental do Centro-Oeste — Estação Ecológica de Águas Emendadas, Parque Nacional da Água Mineral e Área de Proteção Ambiental Gama/Cabeça-de-Veado. O trabalho foi realizado por quatro meses, sendo que dois de chuva e dois de seca.
A respeito da preservação e conservação do cerrado, o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Gustavo Souto Maior, afirmou: “Tem que haver o equilíbrio entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico.”.
Considerações finais
A visita empreendida ao Parque das Sucupiras, no Sudoeste, Brasília, DF, foi fecunda em termos de aprendizado ambiental, porquanto oportunizou aos discentes do Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB), uma aprendizagem significativa no campo dos saberes ambientais.
Os objetivos que nortearam essa atividade didático pedagógica foram atingidos, visto que os alunos revelaram uma compreensão maior acerca da importância ambiental do Bioma Cerrado, bem como o papel significativo da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) para a preservação e conservação do cerrado localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental.
Referências
https://urbanistasporbrasilia.wordpress.com/2015/05/19/quem-quer-uma-nova-expansao-para-o-sudoeste/ - Acesso em 12/08/2017.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2009/10/23/interna_cidadesdf,150142/index.shtml - Acesso em 12/08/2017.
http://apesucupiras.blogspot.com.br/ - Acesso em 12/08/2017.
Cerrado
O alto índice de desmatamento do cerrado, segundo maior bioma do Brasil, preocupa cada dia mais os ambientalistas. De 2002 a 2008, 1% do cerrado desapareceu por ano — o que representa um total de 127.560km² de área devastada. Alguns estudiosos chegam a arriscar que, se for mantido o atual ritmo acelerado de destruição, o bioma tende a desaparecer dentro de 50 anos. Desde o início da construção de Brasília, na década de 1950, cerca de 68% do cerrado desapareceram do mapa. A esperança dos especialistas está nas 53 unidades de conservação espalhadas pelo território nacional. O problema é que elas representam apenas 7% do total de 2.039.386 km² do bioma. A saída é, então, desenvolver ações criativas para impedir um futuro pior.
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http://www.portalmatogrosso.com.br/ecossistemas/cerrado-ajuda-cobrir-de-verde -metade-do-territorio-do-territorio-brasileiro/33741 |
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o DF é a unidade da Federação que menos desmatou o cerrado nos últimos seis anos. E é a única que no país que tem 93% do território protegido contra desmatamento. Fotos tiradas de satélites e o trabalho de ambientalistas mostram, no entanto, uma realidade diferente. Com a devastação em grande escala, cerca de 12 mil espécies de plantas, 320 mil de animais e as principais bacias hidrográficas do Brasil correm perigo. Os números são preocupantes, mas levantamentos como este são necessários para atualizar o mapa da devastação do bioma no país e, a partir daí, definir as metas para recuperar o tempo perdido.
O que dizem os especialistas
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Prof. Dr Bráulio |
A doutora em biologia animal da UnB Keila Macfadem ressaltou a preocupação em relação aos animais do cerrado. Segundo ela, 10 espécies de mamíferos do bioma correm risco de desaparecer em 50 anos se não foram desenvolvidas políticas ambientais para impedir a devastação. Com a proliferação das áreas urbanas ou ainda de campos de plantação e criação de gado, as unidades de conservação ficaram afastadas umas das outras. Outro fato recorrente é o fechamento dos corredores ecológicos, que permitem a circulação dos bichos entre as áreas protegidas. Dessa forma, os animais têm dificuldades para procriar. O tatu-canastra, por exemplo, foi encontrado apenas no Parque da Água Mineral. E as antas só vivem no Parque Nacional ou na Estação Ecológica de Águas Emendadas.
Como consequência, os animais são obrigados a correr o risco em estradas, comer lixo em áreas próximas às cidades e ainda se proteger de animais urbanos, como cachorros. Para desenvolver a pesquisa, Keila Macfadem analisou 35 espécies de mamíferos na região. Para compreender a rotina e aprender sobre a vida dos bichos, ela instalou de 70 câmeras fotográficas em pontos estratégicos de três áreas de conservação ambiental do Centro-Oeste — Estação Ecológica de Águas Emendadas, Parque Nacional da Água Mineral e Área de Proteção Ambiental Gama/Cabeça-de-Veado. O trabalho foi realizado por quatro meses, sendo que dois de chuva e dois de seca.
A respeito da preservação e conservação do cerrado, o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Gustavo Souto Maior, afirmou: “Tem que haver o equilíbrio entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico.”.
Considerações finais
A visita empreendida ao Parque das Sucupiras, no Sudoeste, Brasília, DF, foi fecunda em termos de aprendizado ambiental, porquanto oportunizou aos discentes do Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB), uma aprendizagem significativa no campo dos saberes ambientais.
Os objetivos que nortearam essa atividade didático pedagógica foram atingidos, visto que os alunos revelaram uma compreensão maior acerca da importância ambiental do Bioma Cerrado, bem como o papel significativo da Associação Parque Ecológico das Sucupiras (Apaes) para a preservação e conservação do cerrado localizado entre a área da Marinha e o Eixo Monumental.
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Ilustração científica empreendida pela aluna Rafaela Zeitoune |
Referências
https://urbanistasporbrasilia.wordpress.com/2015/05/19/quem-quer-uma-nova-expansao-para-o-sudoeste/ - Acesso em 12/08/2017.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2009/10/23/interna_cidadesdf,150142/index.shtml - Acesso em 12/08/2017.
http://apesucupiras.blogspot.com.br/ - Acesso em 12/08/2017.
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