CMB

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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

DESTAQUE NO SISTEMA COLÉGIO MILITAR DO BRASIL

Alunos e professores orientadores e colaboradores do CEA/CMB

O Clube de Estudos Ambientais do Colégio Militar de Brasília (CEA/CMB) foi recentemente destacado pela Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA). As atividades de Educação Ambiental do CEA/CMB foram citadas como exemplos, aos demais colégios do Sistema Colégio Militar do Brasil. Por meio do documento Diretrizes para Ações Voltadas ao Meio Ambiente no Âmbito do Exército Brasileiro (2020-2023), a DEPA incentivou a criação de Clubes de Meio Ambiente, nos demais Colégios Militares, a exemplo do CEA/CMB.


BREVE HISTÓRICO DO CEA/CMB
O CEA/CMB foi criado em 19 de agosto de 2015. Nesses pouco mais de seis anos de existência, o clube realizou uma série de atividades educativas, integrando conteúdos teóricos com questões atuais de meio ambiente. 


Encontro inaugural do CEA/CMB

O encontro inaugural desse núcleo de estudos socioambientais, ocorrido em agosto de 2015, foi marcado por três momentos principais:

1º - Palavras do Diretor de Ensino

Cel João Denison Maia Correia, Diretor de Ensino do CMB (2014-2015)

O Cel Denison, então Comandante e Diretor de Ensino, palestrou sobre a importância de tematizar transversalmente, na grade curricular do colégio, questões concernentes ao meio ambiente, sustentabilidade e consciência ambiental. Na ocasião, não podemos deixar de mencionar, também, a valorosa contribuição presencial e motivacional do Cel Darko, então Chefe da Divisão de Ensino, e dos Coronéis Nunes e Bandeira, responsáveis pela Supervisão Escolar.

Alunos do CEA e, aos fundos, Cel Darko, Cel Nunes, Cel Bandeira,
Prof. Salomão e Ten Elton

2º - Leitura da biografia do patrono do CEA/CMB - Marechal "Cândido Rondon"

Ten Elton, então professor orientador do CEA/CMB
Na sequência do 1º encontro do clube, o Ten Elton, então professor orientador do CEA, discorreu sobre a biografia do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Por meio de uma dialogia bastante interativa, o Professor Elton, lembrou significativos episódios biográficos do Marechal Rondon. Dentre eles: seu inegável amor a pátria e ao Exército Brasileiro e o espírito de respeito aos povos indígenas e às populações tradicionais. Assim, os alunos não tiveram dúvidas em identificar no insigne militar, os paradigmas do homem de bem, compromissado com a edificação de uma sociedade justa e ambientalmente sustentável. 



3º - Apresentação do estatuto do CEA/CMB

Por fim, o Professor Salomão explicou os fundamentos teórico-conceituais, legais e metodológicos estruturantes do Clube "Marechal Cândido Rondon", assim como sua importância para a formação de uma consciência socioambiental critico-reflexiva e científica. Dentro desse contexto, o professor, destacou que os encontros seriam assinalados tanto por momentos de pesquisa teórica quanto por ações concretas. Após, o professor pontuou alguns artigos do estatuto principalmente aqueles que tratam dos direitos e deveres dos alunos integrantes do CEA.

Atividades do CEA/CMB

Ao longo dos anos, o CEA/CMB despertou o interesse pela temática ambiental em dezenas de jovens alunos. O Projeto Pedagógico do CEA inclui um programa de Educação Ambiental transdisciplinar, a ser desenvolvido durante os três anos do Ensino Médio. A entrada de novos alunos no clube é marcada por atividades de acolhimento conduzidas por alunos veteranos e pelos professores orientadores.  

Acolhimento da aluna Ana Pessoa (2017)

Após um período de adaptação - quando o aluno conhece o estatuto do clube e realiza as primeiras atividades autoavaliativas - ele conquista o Distintivo do CEA/CMB. O distintivo do clube é entregue em formatura geral do CMB. 


Entrega de Distintivos do CEA (2017) para a Turma 2016-2018


Aluno Thalles Leite recebendo o Distintivo do CEA (2017)


Entrega de Distintivos do CEA (2019) para a Turma 2019-2021

  

Como primeiras atividades, os alunos são apresentados a conteúdos introdutórios ao estudo do meio ambiente. Esses conhecimentos e suas atividades práticas são ministrados pelos professores orientadores, por professores colaboradores, além de palestrantes convidados.    

Debate conduzido pelo Prof. Salomão e relacionado aos 
conteúdos iniciais em meio ambiente (2015)


Aluna Yohanna entregando certificado do colégio à palestrante 
Tainah Guimarães (Analista Ambiental do ICMBio) (2016)


Cel Alexandre da Hora (in memorian), Diretor de Ensino do CMB (2016-2017),
na abertura de palestra sobre a Amazônia Brasileira


Aula sobre serviços ecossistêmicos ministrada pelo Ten Cel Fraga (2016)


Na sequência, os alunos participam de um ciclo de saídas de campo e visitas institucionais. As saídas de campo visam ao fechamento prático dos conteúdos ministrados em sala de aula. Com as saídas institucionais, os educandos conhecem soluções e tecnologias voltadas para a mitigação de problemas ambientais. Além disso, são visitados órgãos e instituições ligadas à gestão da água, limpeza urbana e proteção da biodiversidade, no âmbito distrital e federal.

Visita ao Museu da Limpeza Urbana do Distrito Federal (2018)

    
Saída de campo na Chapada Imperial (2019)


Saída de campo no Parque Ecológico e de Uso Múltiplo Olhos D'Água (2018)


No segundo e terceiro anos de frequência no clube, são ofertadas aos alunos “linhas de pesquisa” (com temática ambiental). Além dos professores orientadores, os trabalhos de pesquisa são orientados por professores colaboradores do CEA.

Aluno realizando observação e pesquisa sobre a erva-de-passarinho (2015)


Alunos realizando observação e pesquisa sobre formigas cortadeiras (2018)


Plantio e observação de espécies herbáceas e arbustivas nativas do Cerrado (2019)


Para consolidar e divulgar todo esse conhecimento, os alunos do CEA/CMB participam de eventos internos (Semana do Meio Ambiente, Feira de Ciências e Exposições) e externos ao CMB (Simpósios, Congressos, outros). Os educandos também são incentivados a escrevem e publicarem seus trabalhos de pesquisa nos ambientes virtuais do clube e em publicações do CMB.  

                                                    Alunos apresentando trabalhos científicos durante Feira de Ciências 
                                                                          (3º Desafio Global do Conhecimento) (2018)


Alunos apresentando trabalhos científicos no Setor Militar Urbano (2019) 


Aluna Alexandria do CEA e alunos participantes do 
1º Concurso de Fotografia do CEA (2016) 


                                                                               Feira Nacional de Ciência e Tecnologia (2015)


Aluno Bouças recebendo do Cel Moraes, Diretor de Ensino do CMB (2018-2019),
certificado pela publicação de seu trabalho (2019) 



Considerações finais

Por meio dos conteúdos e atividades de Educação Ambiental, o CEA/CMB proporciona aos alunos a formação de um pensamento sistêmico e crítico, em relação ao meio ambiente. Assim, o CMB contribui para o desenvolvimento de paradigmas equilibrados entre trabalho, consumo e qualidade de vida.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

CONCURSOS DE REDAÇÃO E FOTOGRAFIA

     O Clube de Estudos Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB) é um espaço educativo voltado para a educação ambiental, isto é, para a "construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade"1.

    Dentro do contexto da pandemia do coronavírus, o CEA/CMB deliberou empregar como ferramentas didático-pedagógicas de educação ambiental a realização de dois concursos:


I - REDAÇÃO: MEIO AMBIENTE E PANDEMIA

https://www.diariodetaubateregiao.com.br/dt/epidemia-de-covid-vai-durar-ate-2022-entenda-o-que-diz-estudo-de-harvard/

Normas: 

a. o(a) aluno(a) deverá elaborar um texto dissertativo relacionando a atual epidemia do covid-19 com temáticas de meio ambiente;

b. assuntos que podem ser relacionados:
    - diminuição da poluição com o isolamento
    - destruição do meio ambiente e origem do vírus
    - histórico da epidemia atual e outras epidemias
    - homem, animais silvestres e vírus
    - outros assuntos conforme pesquisas relacionadas

c. o texto deverá ser manuscrito, em folha de papel A4 (com linhas a lápis manuscritas). O texto deverá apresentar de 25 a 30 linhas; e

d. serão aceitos textos manuscritos e escaneados recebidos pelos e-mails: profragabio@gmail.com / profsalomao@gmail.com



II - FOTOGRAFIAS: PAISAGENS, FAUNA E FLORA URBANA

https://chiquinhodornas.blogspot.com/2019/06/capivaras-carrapatos-e-mortes.html
Normas:

a. o(a) aluno(a) deverá fotografar temas de fauna, flora e/ou paisagem urbana, a partir da porta ou janelas de sua casa/apartamento;

b. cada aluno(a) poderá participar com até 03 fotografias;

c. ao enviar a foto, o(a) aluno(a) deverá nomear o arquivo com seu nome / número  / tema (se fauna, flora ou paisagem); e 

d. serão aceitos arquivos fotográficos recebidos pelos e-mails: profragabio@gmail.com / profsalomao@gmail.com





NOTA:

1 - Lei nº 9.795, de abril de 1999, que dispõe sobre a Política a Educação Ambiental e institui a Política nacional de Educação Ambiental.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

UMA DATA A SER REVERENCIADA


     No dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data foi instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 15 de dezembro de 1972, com o objetivo de despertar a atenção dos seguimentos sociais (sociedade civil, povos e governos) para a problemática ambiental bem como despertá-los sobre a importância da preservação dos ecossistemas naturais da biosfera.

     Os problemas ambientais da contemporaneidade são oriundos de centenas de anos de descaso com a questão ambiental. Todavia, a partir da Revolução Industrial, houve um recrudescimento da degradação ambiental e da poluição. O ser humano, ao optar por formas insustentáveis de desenvolvimento, patrocinou o saqueamento dos recursos naturais e a desestabilização do equilíbrio dinâmico da "teia" da vida. 

     Para comemorar o Dia do Meio Ambiente, o Clube de Estudos Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB), mesmo em época de pandemia, promoveu atividades e concursos visando despertar nos discentes uma consciência crítico-reflexiva e transformadora. Assim, o CEA, em consonância com a proposta pedagógica do CMB, vem cumprindo fielmente o seu papel de agente fomentador de uma sociedade sustentável e sustentada.

          Mosaico com fotos dos alunos: Cecília Coelho, Frutuoso e Manuella. Abaixo (à direita) alunos  Bouças e Gabriela Dias. Arte: 

sábado, 28 de dezembro de 2019

Mutirão de plantio no Jardim Louise Ribeiro (Universidade de Brasília)


      No dia 11 de dezembro de 2019, alunos do Clube de Estudos Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB) participaram do evento denominado Mutirão Aberto de Plantio, no Jardim Louise Ribeiro, na Universidade de Brasília (UnB). O jardim constitui uma homenagem à Louise Ribeiro, ex-aluna do CMB e da UnB, vítima de feminicídio em 2016.    

O pai de Louise Ribeiro descerra placa em homenagem à estudante, na UnB.
 Foto: Júlio Minasi/Secom UnB  


      Iniciado em 2017, o jardim já conta com diversas espécies de gramíneas, arbustos e flores nativas do Cerrado. Além de servir de homenagem à Louise, o espaço também objetiva servir como área de pesquisa e de convivência para os estudantes da universidade. 
         Os alunos Visconti, Vieira, Marlon e Carmo e a aluna Cecília Coelho, todos do CEA/CMB, participaram do mais recente mutirão de plantio.      

Alunos do CEA/CMB no Mutirão Aberto de Plantio, Jardim Louise Ribeiro (UnB)  


      Com a participação no evento, os alunos do colégio adquiriram noções de cuidados e de plantio de mudas nativas do Cerrado além da convivência com estudantes universitários.   

 Aluno Marlon com muda de flor nativa do Cerrado (esquerda) e alunos Cecília Coelho,
 Visconti, Vieira e Carmo (direita), no Jardim Louise Ribeiro


REFERÊNCIA:  

https://noticias.unb.br/39-homenagem/1334-tributo-a-louise-para-que-o-feminicidio-nao-se-repita


domingo, 10 de novembro de 2019

O PETRÓLEO NA COSTA NORDESTINA BRASILEIRA


     No dia 05 de novembro de 2019, o Clube de Estudos Ambientais (CEA) realizou um debate sobre a contaminação do litoral nordestino por petróleo. Desde o final do mês de agosto, manchas de óleo atingem praias, estuários e mangues na costa nordestina. As primeiras manchas apareceram em dez praias do estado da Paraíba. No dia 02 de setembro, o petróleo já atingia localidades em Pernambuco e Sergipe.



      Mancha de petróleo em praia nordestina 



     Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no início de novembro, 409 localidades de 104 municípios, em todos os nove estados nordestinos, haviam sido afetados pelo petróleo. Impactos na pesca e no turismo já são sentidos em todo o Nordeste. Em extensão, a contaminação por petróleo na costa nordestina constitui o maior desastre ambiental litorâneo da história do país.   



Características do óleo poluente

     O petróleo que atinge as praias nordestinas constitui um "óleo cru" (sem processamento) composto de hidrocarbonetos e outros produtos orgânicos altamente tóxicos (benzeno, tolueno, xileno, etc). O óleo apresenta alta densidade sendo transportado pelas correntes marítimas abaixo da superfície da água do mar. Assim, as manchas emergem já muito próximas da linha da costa, dificultando ações de limpeza e contenção. 


     Mancha de petróleo emergindo nas piscinas naturais de Maragogi (AL) 


     O óleo também apresenta alta viscosidade, aderindo à areia da praia, à vegetação dos mangues e aos recifes de corais. Essa característica dificulta sua remoção e potencializa seu tempo de permanência nos ambientes afetados.  


Alta viscosidade do óleo poluente. Acima: luva de voluntário impregnada de óleo. 
Abaixo: manchas de óleo na areia da praia 



     Os hidrocarbonetos constituintes do petróleo se manterão íntegros por muito tempo. Assim, sua degradação natural (resultante da rebentação das ondas, da irradiação solar, da ação de bactérias, etc) será muito lenta. Em áreas onde ocorreram outros derramamentos de petróleo, análises realizadas anos depois ainda apontavam alta toxidade. Partículas microscópicas de óleo, diluídas na água ou presentes na areia e na vegetação, podem ser inaladas ou absorvidas pelas plantas e animais permanecendo na cadeia alimentar marinha. Portanto, também no Nordeste brasileiro, a contaminação química estará presente muito tempo depois da degradação dos vestígios do petróleo.


Efeitos do poluente nos ecossistemas

     Os principais ecossistemas costeiros são formados por praias arenosas (formações de restingas, dunas, etc), estuários (ambiente de transição entre os rios e o mar), deltas (lugar onde um rio deságua), manguezais (terreno alagadiço à beira do mar ou rio), recifes de coral, etc. 
      Vários são os efeitos do óleo poluente nos ecossistemas costeiros. Também, é possível afirmar que esses efeitos estarão presentes nesses ecossistemas por décadas.    


a) Praias arenosas

     Ao atingir a orla das praias, o petróleo cru se adere à areia, aos costões rochosos e aos sedimentos. A areia impregnada de óleo fica viscosa e enegrecida. Com o passar dos dias, o óleo se mistura ainda mais com os sedimentos e as rochas. Espécies animais e vegetais que habitam águas rasas e praias são afetadas. Plânctons, bactérias e fungos são rapidamente contaminados. Peixes, mariscos, ostras, siris e caranguejos, que filtram a água e se alimentam nesses ambientes, acabam afetados ou mortos.
     Animais migratórios ou que transitam entre o mar e a praia também são contaminados. Diversas tartarugas marinhas da espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva) foram encontradas mortas ou extremamente debilitadas. Os animais resgatados apresentavam presença de óleo nas mucosas e nas cavidades nasais, orais e nos olhos.     

 
Biólogo tenta recuperar tartaruga-oliva contaminada pelo petróleo  


      Aves migratórias, que utilizam temporariamente o litoral nordestino, também foram afetadas pelo óleo. O Puffinus puffinus (furabucho) é uma ave conhecida pela longa migração. Um furabucho foi resgatado na Praia de Cumbuco, em Caucaia (CE), mas não resistiu. 

b) Manguezais 

     Os manguezais são ecossistemas de transição entre a terra e o mar presentes em regiões tropicais e subtropicais. Peixes, camarões, moluscos, caranguejos e outros animais habitam os manguezais. Esses ecossistemas realizam uma série de serviços ambientais, tais como retenção de sedimentos, filtragem biológica, prevenção da erosão e combate ao aquecimento global. Além disso, os manguezais representam um verdadeiro "berçário natural" para 70% a 80% das espécies marinhas de importância econômica.  



Petróleo em manguezal na praia de Tamandaré (PE)



     Ao chegar aos manguezais, o petróleo recobre as raízes e o caule das plantas, além dos animais que ali vivem. As plantas atingidas podem sofrer com a hipóxia (falta de oxigênio) e com o calor (diminuição da transpiração). Uma vez cobertas, as plantas podem deixar de realizar a fotossíntese e morrer. Já os animais, ao entrarem em contato com o óleo ou com as partículas dissolvidas, podem apresentar deformação de tecidos, órgãos e morte.   

c) Recifes de corais   

     Os recifes de corais são importantes pois uma em cada quatro espécies marinhas utiliza-os como locais de refúgio, alimentação e reprodução. Os recifes também absorvem gás carbônico (CO2) fixando-o em sua estrutura física e contribuindo para a diminuição do aquecimento global.  


Recifes de corais sustentam a biodiversidade marinha e evitam o aquecimento global


     O petróleo está chegando aos corais nordestinos principalmente pelo efeito da degradação. À medida que o óleo é degradado, ele se sedimenta e atinge seres fixos como as esponjas-do-mar e os corais. Os cnidários (animais que formam os recifes de corais) podem ser afetados pelo óleo principalmente na fase de pólipo (fase fixa).    
     Nos corais, a contaminação da microfauna (plânctons, ovos e larvas) pode resultar na acumulação dos poluentes na cadeia alimentar marinha. Assim, ocorre um fenômeno conhecido como Biomagnificação Trófica, representado pelo acúmulo progressivo de substâncias de um nível trófico para o outro. As partículas contaminantes vão apresentar maior concentração nos indivíduos que ocupam níveis tróficos mais distantes dos produtores. 

Considerações Finais

    Com o debate, os alunos do CEA conheceram um pouco mais sobre o desastre ambiental no litoral do Nordeste brasileiro e suas consequências. Além dos efeitos biológicos, os alunos apontaram as implicações para o turismo e o comércio da região. Também, refletiram sobre possíveis ações, aplicáveis no dia a dia, para diminuir nossa dependência dos derivados do petróleo.    


Fontes de Consulta 

https://istoe.com.br/oleo-no-nordeste-chega-a-409-numero-de-localidades-afetadas/
https://www.greenpeace.org/brasil/blog/como-o-petroleo-impacta-os-recifes-de-corais/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50131560
https://oimparcial.com.br/cidades/2019/10/sobe-para-132-o-numero-de-praias-atingidas-por-manchas-de-oleo-no-pais/
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,oleo-afeta-mercado-de-pescado-e-estudo-da-ufba-alerta-sobre-contaminacao,70003061252
https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/10/06/animais-marinhos-agonizam-com-contaminacao-de-oleo-no-litoral-do-nordeste.htm
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/09/26/manchas-de-oleo-nas-praias-do-nordeste-ja-atingem-99-locais-ibama-diz-que-elas-tem-a-mesma-origem-e-nao-sao-do-brasil.ghtml
http://www.observatoriodoclima.eco.br/peixes-de-corais-sofrem-de-sindrome-de-dory/
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50132770



terça-feira, 29 de outubro de 2019

DIA DO CERRADO NA EMBAIXADA DA BÉLGICA

    No dia 11 de setembro de 2019, o Clube de Estudo Ambientais (CEA) do Colégio Militar de Brasília (CMB) esteve presente na Embaixada da Bélgica para celebrar o Dia Nacional do Cerrado. O objetivo dessa atividade pedagógica foi conscientizar o público jovem, de várias escolas do Distrito Federal, sobre a necessidade de valorizar, respeitar e preservar o Bioma Cerrado.

Alunos do CEA/CMB e do Ensino Fundamental visitando a Embaixada da Bélgica

Alunos do CEA/CMB participando de uma atividade lúdico-pedagógica

O Cerrado

    O Cerrado, considerado a savana mais rica do mundo e o bioma mais antigo do Brasil (com aproximadamente 65 milhões de anos), possui 5% da biodiversidade mundial e cerca de 20 mil nascentes que contribuem para oito, das doze regiões hidrográficas brasileiras. O Cerrado é composto principalmente por formações savânicas, onde encontra-se uma fauna exuberante e uma flora delicada. Seu papel ecológico, bem como sua beleza cênica, é de grande importância para o equilíbrio dinâmico da biosfera brasileira.

Formação savânica do Bioma Cerrado

Impactos Ambientais no Cerrado

    Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Um dos impactos ambientais mais graves no bioma é causado pela remoção da vegetação natural (remoção e fragmentação de habitats) para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. 

Avanço de área agrícola no Bioma Cerrado
      
    Assim, as principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão vinculadas a essas duas atividades econômicas: a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia. Além da expansão agropecuária, outros fatores antropogênicos que vem colocando os ecossistemas do Cerrado em risco são: urbanização, abertura de estradas e caça ilegal.


Área de pasto no Bioma Cerrado


O caminho da Agroecologia 


    A vegetação original do Cerrado tem sido suprimida para tornar-se terra agrícola ou pasto. Surge, assim, uma pergunta: é possível produzir grãos, hortifrutigranjeiros e carnes, respeitando a biofuncionalidade ecológica do Cerrado? A resposta é sim! 

     A Embaixada da Bélgica exibiu, na tarde do dia 11 de setembro, o documentário "Pé na Terra", de Louise Amand e Fernando Fortuna. Essa cinematografia revela que muitos agricultores estão empreendendo uma transição para a agroecologia. 


Princípios de agroecologia praticados em sistema agroflorestal
  

  A agroecologia é uma forma de agricultura sustentável que agrega conhecimentos científicos e tradicionais. Essa agricultura incorpora questões sociais, culturais, ambientais e éticas. Em outras palavras, a agroecologia é uma forma de conhecimento que tenta transcender a lógica perversa do paradigma da degradação socioambiental. Essa lógica malfazeja tem incentivado a prática da monocultura, o emprego dos transgênicos, a utilização de fertilizantes e agrotóxicos industriais e, consequentemente, a perda da biodiversidade. 



Considerações Finais

    Os alunos do CEA afirmaram que a visita de estudos na Embaixada da Bélgica foi de grande valia cultural e acadêmica. Cultural por que tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre a Bélgica, país da Europa Ocidental. Acadêmica, pois adquiriram uma compreensão mais profunda sobre o Bioma Cerrado.